quarta-feira, julho 15, 2009

TRA-QUE-O-BRON-QUI-TE!

quando você tosse e sente seu pulmão a la cavalo, dando coices dentro do peito, é melhorar procurar um médico. se já procurou, é melhor ir de novo. sei lá, já ouviu falar da gripe suína. está no ar. por que não poderia estar comigo?

foi assim que ontem a noite voltei novamente ao hospital. impressionante, na última semana fui mais ao hospital do que no resto do ano inteiro. esta já é a terceira vez. tudo isso consequência das noites frias e congelantes passadas dentro da barraca no camping que eu estava enquanto estive em Parati. caráio, meu: sofri, viu.

e ainda tem gente que me chama de playboy. foda-se!

o hospital tava cheio. muita gente com máscaras, muita gente doente. a primeira crise deste primeiro semestre do ano foi econômica. agora, segundo semestre, a crise é da saúde pública. vai ter gente gripada assim no inferno.

o doutor perguntou, como está. respondi: "doutor, faz doze dias que estou mal, há seis dias fui medicado com azitromicina e com nimesulida, há três dias fui medicado com prednisolona e, particularmente, hoje tive uma crise de tosse, seca, aguda, que quase fiquei sem respirar. ah: ainda não me fizeram nenhum exame, raio-x, nada."

o camarada entendeu a situação. pediu três raios-x. e constatou. estou com sinusite. e traqueobronquite.

o quê?

tra-que-o-bron-qui-te. não chega a ser uma pneumonia, disse. mas é grave. há muita secreção no meu pulmão. preciso me tratar.

ele me receita um xarope, um antiinflamatório e um antibiótico. peço um remédio para proteger o estômago, já estava sentindo dores. ele passa. só não me pergunta se eu tenho dinheiro pra comprar. não, não tenho. ainda bem que tem essa praga chamada cartão de crédito. doze dias doente, há seis dias sendo medicado. prejuízo: R$ 198,68 de gastos com remédios.

peguei essa gripe na FLIP/Parati. e praticamente já gastei com ela mais do que eu ganhei por lá, batalhando os meus livretos.

mas, tá suave. não tô reclamando de nada. só quero saúde. o resto, corro atrás.

por isso vou pra casa da minha mãe. lá não tem internet, mas tem caldo e canja de galinha. colinho. tô precisando. me recuperar logo. há muita coisa pra se fazer.

então, se eu não aparecer por aqui durante uns dois dias, ou se eu não responder aos comentários, emails; se eu não for pra cooperifa e nenhum lugar que seja distante cinco metros do sofá, quarto e livros, já sabem: é culpa da tra-que-o-bron-qui-te.

e melhoras pra mim.

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