sexta-feira, fevereiro 26, 2010

FOTOS - APRESENTAÇÃO ZAP! SLAM - 11/02/10



fazendo apresentação do meu conto "Maria".
não levei o prêmio, mas levei as fotos e, valeu.

pra quem quiser saber mais, acesse: www.zapslam.blogspot.com
porra! que frio da porra! e porra! desde domingo que eu não dou notícia. nenhuma. porra! e pra que, tanto palavrão, porra! sei lá, eu gostei. achei que ficou legal, um lance assim. porrada, porra! e várias coisas acontecendo, porra! a semana foi boa pra porra! e tive uma notícia ótima hoje, porra! será que é por isso que eu tô empolgado, porra! será que alguém vai ficar incomodado, porra! será que alguém vai ser esporreado. porra, porra. mas que poooooooooorra é essa?

domingo, fevereiro 21, 2010

EMMA GOLDMAN!


"Numa sociedade sustentada pela mentira,
qualquer expressão de verdade, ou de liberdade,
é vista como loucura"

PEGANDO FOGO!

e ontem foi dia de mandar brasa. na brasilândia. e o seu já consagrado Sarau da Brasa. que eu ainda não conhecia. vergonha, eu sei. mas antes tarde do que nunca, e ontem eu paguei uma das minhas milhares de dívidas. há outras ainda, sim. saraus a serem visitados. e retornados. na Brasa eu volto. ontem e sempre.

pra curtir o tambor. o Kolombolo, Diá de Piratininga. e o seu samba de primeira. e ciranda. e sambas-enredo de outros carnavais. que bonito que foi. o tambor. as apresentações. o respeito ao poeta e a palavra. e eu me empolguei. pedi para o Vagnão me ajudar num poema e atravessei. mas foi de emoção. aquele meu olho fechado, aquele tambor batendo, eu não estava ali. a língua travou, a boca secou, eu errei a letra, o compasso. voltei e fui. porque é assim: nóis capota mais num breca, né não?

e ontem a parada pegou fogo. bonito. foi lôco. e é nóis na Brasilândia.

e parabéns a Rosas de Ouro, campeã do Carnaval de Sampa. originalmente e sempre, da Brasa.

sábado, fevereiro 20, 2010

O DIABO NA RUA, NO MEIO DO REDEMUNHO

Bruna Lombardi, na pele de Diadorim - adaptação Livro/DVD

acabei. mais uma vez. a obra literária mais bonita que já se fez. ao menos para mim. penso. acho que se Deus fosse invejar o homem de alguma coisa, seria deste livro: Grande Sertão: Veredas. João Guimarães Rosa. que obra é essa, em verso, conto e prosa, que eu tanto invejo. quando penso em alguma referência, me vem logo esse livro na cabeça. quando penso, como quem que eu gostaria de escrever, vem logo esse cabra na cabeça. quando penso, que livro levaria para uma ilha deserta, você sabe no que já eu penso.

vão dizer que eu desmaluquei. não entendo nada. mas não ligo. não deixo de dizer por isso. mas João, pra mim, já fazia literatura periférica. da melhor qualidade. quer lugar mais esquecido que o Sertão? quer um ser mais marginal que um jagunço, um cangaceiro? não tinha. quer uma história mais bem contada do que aquela oralizada na boca de um ex-jagunço, que viveu a tino e conta tudo com muito fino? palavras reinventadas? não há. pois digo. Grande Sertão é marginal. e periférico. e três-tráz-dito. ao menos para mim. e eu não ei de me discordar. nunquinha.

quem não conhece, há de conhecer João, e o seu (De)Sertão. quem conhece, há de se conhecer outras vezes. e eu, mais uma vez chorei por Riobaldo. e seu amor impossível com Diadorim. e chorei com a tristeza e desespero de um Fafafa, na fazendo dos Tucanos, ao ver os cavalos a relinchar e gemer e a chorar. e eu também odiei o Hermógenes, o Cão. e ri com Zé-Bebelo. e admirei Medeiro Vaz. e tirei meu chapéu para Joca Ramiro.

"... o diabo na rua, no meio do redemunho."

hoje sei o que significa. Viver é muito perigoso. e o mundo. o mundo é um só isso: Sertão. E Travessia!

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

A FLOR E A NÁUSEA (CDA)

a escola é grande. e eu, pequeno demais. solitário demais, naquela imensidão de pátio cinza e verde. naquele maremoto que são os alunos. olho para o lado e não vejo companheiros de luta. vejo colegas de trabalho. sobreviventes. que não tem ideologias. tem contas pra pagar. assim como eu. filhos pra criar. assim como eu não tenho.

"por fogo em tudo / inclusive em mim (...)"

há dias e dias. há dias em que questiono se vale a pena a luta. a luta? a luta vale. não pelo prêmio que há no final. existe prêmio? não. a luta vale por si só. pois quem luta, vive. e eu quero cair em pé. nada de joelhos dobrados. só se for para a reza. e olhe lá. mas, há dias e dias. há dias que eu me canso. de caminhar só. de me sentir sozinho.

"ao menino de 1918 chamavam de anarquista
porém meu ódio é o melhor de mim
com ele me salvo e dou a poucos
uma esperança mínima (...)"

gosto de estar com a molecada. gosto de conversar. gosto de conhecer suas idéias tão vagas sobre a vida. suas tamanhas certezas. gosto de lembrar de mim. do tempo em que pensava que um simples acorde de guitarra, simples palavras podiam mudar o mundo. há quanto tempo foi isso? parece que há milhares de anos. e foi ontem.

"uma flor nasceu na rua (...)"

isolado. solitário. derrotado, não. estou caído. caindo. em pé. existe glória nisso? para quem? glória paga as contas? glória me faz feliz? glória, onde você tá? por que foi embora, não deixou recado. por que levou a luz? glória, quem é você. você não existe, glória. você é uma invenção da minha cabeça. um quadro pendurado na parede.

mas como dói.

e por fim, para quem leu e está boiando:

"não procure entender. viver ultrapassa todo entendimento"

não é minha. é da Clarice. ela era genial. eu sou apenas o rodrigo.

um rapaz comum. com sonhos muito grandes na cabeça.

e buraco imensos de dúvidas sob a base de cada pé.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

TODO CARNAVAL TEM SEU FIM!

já disseram os Los Hermanos. e hoje voltei pra escola. queria ter ficado no interior. no campo. perto do mato, perto dos bichos. haja morcego! e cana. puta-qui-pariu. parece que só tem cana no interior de são paulo. praga.

terceiro dia de trampo na escola. planejamento. que planejamento? não sei. desplanejamento total. mas não vou falar por aqui. prometi que vou me calar mais. falar, só quando for bala. e tiro certeiro.

mas o que eu preciso dizer é a minha impressão. isso eu não vou negar. aula mesmo, de verdade, só na terça-feira. algumas várias pessoas na escola resolveram matar três dias das aulas: quinta, sexta e segunda. eita pôxa! é ou não é o país do carnaval.

enfim...

nada contra ninguém. mas não pisa no meu calo e faz as coisas pela molecada dentro do que é certo que não dá em merda.

deixa eu brincar de ser feliz...

r.c.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

RAIVA A FLOR DA PELE! MAS TEVE RESPOSTA

eu sabia que sim. mas torcia pra não. sabia que sim. mas torcia pra não. sabia que sim. mas torcia pra não. até que não teve jeito. tive que perguntar. e eu sabia que sim. e era sim.

no final do ano passado teve uma votação na minha escola. várias categorias: melhor aula expositiva, melhor projeto, melhor comando em sala, e por aí vai. algumas bem bacanas. outras, nem tanto. fato é que, dos 120 professores da escola, eu fiquei entre os cinco melhores em quase todas. ganhei apenas em uma. mas a indicação em quase todas as outras, de que eu estava em os 05 mais, foi bom. para o ego, pra responder a quem não gosta de mim, do meu trabalho. enfim.

já falei sobre isso aqui.

mas, há algumas semanas atrás. fiquei sabendo que eu não apenas havia sido indicado entre os cinco melhores, em quase todas. eu havia GANHO quase todas as categorias, numa votação feita pelos ALUNOS E ALUNAS da minha escola. mais de mil alunos.

e me perguntei: se ganhei, por que não levei?

resposta: por sacanagem. da suja.

hoje eu conversei com a professora que fez a apuração dos votos. professora também de HISTÓRIA. minha (ex) amiga. sabia que sim, mas esperava que não. fui reto no claro: fraudou ou não fraudou. e ela disse:

sim!

e ficou indignada por eu ter descoberto. é mole?

e eu fiquei mais puto ainda pelo motivo que ela alegou. que eu ficaria "chateado" de ganhar, quase tudo. quem, eu? numa votação feita pelos alunos e alunas. eu ia ficar chateado deles me achar um bom professor? eu não.

na verdade, foi pura covardia da parte dela. muitos professores estão queimados porque eu incomodo os acomodados, porque eu falo o que precisa ser dito, e ela não queria ofende-los. queria, pelo contrário, homenageá-los. ainda que isso fosse em meu prejuízo. ainda que isso precisasse de ser feita uma FRAUDE, uma MANIPULAÇÃO DE MAIS DE MIL VOTOS DE ALUNOS.

e tudo isso feito por uma professora de História.

que país de merda que vivemos. que educação que temos.

nenhuma. quase.

mas não deixei barato. em plena reunião de planejamento joguei as cartas na mesa. as claras. contei toda a situação. e percebi: até aqueles que não gostam de mim perceberam que a professora em questão fez uma cagada. e me apoiaram.

se fosse por eles, eu não ganharia nada. ou não muita coisa.

mas se os alunos escolheram, quem pode ir contra eles. quem pode manipular a vontade deles.

a pessoa que se diz professora, que se diz de História, achou que podia.

e teve o que merecia.

e eu, ainda indignado, ainda com uma dor no estômago, um aperto no coração, estou um pouco em paz.

por ter meu valor e não ceder. jamais.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

AMANHÃ TEM ZAP! EU VOU, E VOCÊ?

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HOJE TEM...

COOPERIFA. Eu vou, e você?!?

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO FRONT

1) o DVD do Akins Kinte "Várzea: a bola rolada na beira do coração" é muito lôco, muito bom. trampo de primeira, estética da favela feita pela periferia e sobre um assunto que é paixão nacional. futebol. e nada de alienação. o camarada traça um histórico do futebol varzeano nas periferias de sampa, entrevistando a velha guarda do futebol, mulheres, as tretas, as alegrias, problemas de hoje. tudo com muita música boa, samba, fotos antigas e crianças. meu irmão akins: parabéns, nêgo. teu trampo é valoroso demais, ficou bonito demais. quem não conhece, tem que conhecer.

2) depois de sete meses de pausa e gestação, saiu a mais nova edição do meu fanzine: Efeito Colateral, Edição XXVIII, número XI - Sexo, Amor e Pedras Rolando. aquisição, direto na minha mão. e quem mora longe, e quiser receber, vou enviar uma remessa (mão única) daqui há duas semanas. então, manda um email pra mim no rodrigociriaco@yahoo.com.br, colocando no assunto ENVIO DE FANZINE e o ENDEREÇO COMPLETO e aguarde pra receber meu novo Efeito Colateral.

3) aproveitando o carnaval, um dos poemas é este aqui:


em caso de incêndio
não chame o bombeiro
me chama!

prometo trazer
a cerveja, a mangueira
e a camisinha


4) mais ou menos isto. e tem algumas coisinhas inéditas, outras já publicadas no blog. se quiser ver e conferir, é só me trombar ou um email me enviar, firmeza.

5) no mais, me preparando para voltar a ativa. não sem antes pular O carnaval. pular no carnaval. não sei. essa fuleragem do pega-pega não me apetece muito. vou me embora pra pasárgada então, por uns dias. lá sou amigo do rei.

salve,

r.c.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

TÁ MARCANDO QUEM NÃO FOR!!!


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trampo muito lôco do meu camarada Akins Kinte
é nóis na Olido na segunda, Nêgo.

E O VAI FOI. NÃO FOI?

Hoje fomos eu, Jéssica, Débora e Biaah entregarmos o projeto “Literatura (é) Possível” na sede do Programa VAI – Valorização de Iniciativas Culturais, da Secretaria Municipal de Cultura.

O programa este ano fornecerá subsídios no valor de até R$ 20.692,00, para projetos culturais/artísticos desenvolvidos na cidade. Entre os recursos que cabem dentro do orçamento estão desde recursos humanos, compra de equipamentos, impressão e outros.

No projeto apresentado, foram propostas algumas das seguintes ações:

- realização de um sarau mensal, todo último sábado do mês, das 18hs às 20hs, aberto a comunidade;

- realização de quatro encontros literários entre a comunidade do Jardim Verônia (Ermelino Matarazzo) e autores da literatura periférica (ou não);

- oficina semanal de literatura e teatro, na qual será feita leitura e produção de contos e poemas, além de jogos e exercícios teatrais, visando produção de espetáculo lítero-teatral;

- produção de dois fanzines, trimestrais, com duas mil cópias, com contos e poemas da comunidade do Jardim Verônia – distribuição gratuita;

- apresentação de espetáculo lítero-teatral, a partir da produção literária dos alunos e de textos dos autores da literatura periférica – entrada gratuita ou com preços populares.

Além de todas estas ações, está prevista também a minha remuneração e a de quatro alunas, oriundas do grupo do ano passado, e que estarão trabalhando comigo este ano, como “assistentes culturais”.

No final, acho que o projeto ficou bacana. Bem escrito. Claro que poderia ter sido melhor – se minha cabeça tivesse mais tranqüila e os problemas também houvessem tirado férias – mas, dentro do que foi possível fazer, ficou ótimo. A produção ficou bem bacana principalmente porque não estacionou apenas nas minhas costas. Dividi o trabalho com as alunas, o que foi bom para todos.

E se o VAI não for, já temos a base de um projeto escrito, apresentável – com as devidas adaptações – para outras entidades e editais. Até porque eu já faço este trampo, tirando grana do próprio bolso pra quase tudo, há quatro anos, e não dá mais pra continuar assim. Já não sou rico, tendo que trabalhar na faixa e colocando grana, aí é demais. Não há quem agüente.

E só pra constar: independente do VAI ou não, até conseguirmos patrocínio ou não, o projeto continua. De uma maneira ou outra, continua. Porque se a “Literatura (é) Possível”, nóis também somos. Né, não?

Salve,

Rodrigo Ciríaco