segunda-feira, dezembro 28, 2009

ADEUS ANO VELHO?

então. não sei se vou aparecer por aqui. tão cedo. viajo na quarta. pra um lugar aí. não quero dizer. férias. chega de pessoas zé-povinhando os meus traços. temos mais o que fazer. não temos? eu não. férias. eu quero sossego. praia, campo e mar. os dois juntos, ou o que vier é lucro. a única certeza é que vou descansar. férias. só quero um livro do lado, uma boa companhia do outro, os dois juntos. ou nada. eu quero é férias. e férias serve para nada. para não pensar em nada. ficarei assim, até o dia 05. quando eu volto. daí, muito trampo. escrever projeto do VAI. terminar um livro. quem sabe dois? não sei. algo pra se pensar depois das férias. depois de deslocar a cabeça da ordem e do progresso. curtir o caos. eros e thanatos. e baco. quem sabe não encontro afrodite. quem sabe ela não se estica nos meus braços. quem sabe ela não me dá - outro - fora. okei... é férias. vale tudo. até velhas promessas.

no ano que vem, eu prometo:

- prometo continuar sendo chato (principalmente para quem acha que ser chato é você ser crítico, e ter o profundo desejo de mudar algumas coisas);
- prometo ser uma pessoa mais tolerante, paciente, mais humana (exercício pleno e permanente);
- prometo que vou estudar mais, faltar menos, ser um melhor professor;
- prometo que vou lançar pelo menos um livro, ainda não sei do que;
- prometo que vou continuar com o meu grupo de teatro - independente se eles irão continuar comigo - kkkk;
- prometo que vou fazer samba-rock e ioga (sem esquecer de namorar a capoeira);
- prometo que vou raspar a cabeça (to cansado de, aos poucos, ficar careca);
- prometo continuar falhando, mancando, decepcionando as pessoas, a começar comigo mesmo, ao chegar ao final do ano que vem e ver que não cumpri quase nenhuma dessas promessas, ou todas, o que dá no mesmo.

quer saber, merda pra nóis. até o ano que vem. que está vindo. ou que já passou.

merda!

FRAUDE?!

a última do ano (deste ano pelo menos, espero):

FRAUDE NAS ELEIÇÕES DO MESQUITA!

explico: houve um processo de avaliação feito pelos alunos sobre professores, funcionários da escola. já falei sobre o mesmo aqui. que havia ganho a categoria de "melhor aula expositiva". que fora o professor melhor indicado em todas as categorias que podia concorrer. enfim. agora, o que eu soube por terceiros - um passarinho verde me contou - é que, na verdade, eu não apenas fui indicado em várias categorias, mas que eu VENCI, EM QUASE TODAS.

fiquei ainda mais feliz. ser reconhecido, lembrado pelos alunos. agora, cade as minhas medalhas?!

parece que a pessoa que realizou a contagem - uma professora - simplesmente ignorou os votos dos alunos - que somando os três períodos, deve ter dado mais de 1.000 votos - e resolveu, ao invés de me premiar, "homenagear" a todos os outros professores que foram indicados, junto a mim.

ou seja, mudança das regras aos 46 do segundo tempo. fraude! não importa quem votou, o que votou, importa o que ela quer!

- não lembra o Toninho Malvadeza, também conhecido como ACM, quando violou o painel do Senado numa votação? cade a Ética, hein o professores(as)?!

agora eu pergunto: se essa pessoa, ela, sozinha, ia decidir quem merecia ganhar, por critérios estritamente pessoais dela, por que fazer uma votação? qual o problema de me premiar, se os alunos assim decidiram?

é, tenho que ficar cada vez mais esperto. parece que estou incomodando muita gente. por enquanto, estão me roubando votos, premiações, prestígio. pode até parecer bobeira, coisa pequena, mas se começa assim, o que vira pela frente?

não sei. mas quem vier, o que vier, que venha preparado. pois eu estou.

sem papas na língua nem medo de cara feia,

rodrigo

quarta-feira, dezembro 23, 2009

SIMONAL - O CARA!!!









o cara era FODA. MONSTRO. e aliás, se alguém ainda quiser me dar um presente, aceito qualquer CD do Simona, certo? rs

terça-feira, dezembro 22, 2009

EDUCADORES

estive pensando, o que um "educador" nos dias atuais deveria ler/assistir - além da formação específica de seu curso, é claro - para educar de maneira crítica, sensível e instigadora, seus estudantes. então, cheguei a uma pequena "bibliografia" de filmes e livros que me provocaram, muito, quando os assisti ou li, e que ajudam a fortificar, nos dias mais difíceis, a luta e prosseguir.

são a eles que eu recorro nos dias de baixa da guerra:

LIVROS:

- Gandhi: Minha Vida e Minhas Experiências com a Verdade
- Autobiografia de Malcom X
- A Descoberta do Mundo - Clarice Lispector
- Grande Sertão: Veredas - Guimarães Rosa
- Cem Anos de Solidão: Gabriel Garcia Marquez
- Memórias de Um Sobrevivente - Luiz Alberto Mendes
- Querô: Uma reportagem maldita - Plínio Marcos
- Olga - Fernando de Morais
- A vida que ninguém vê - Eliane Brum
- De Passagem mas Não a Passeio - Dinha
- O Colecionador de Pedras - Sérgio Vaz
- Poemas: 1913-1956 - Bertolt Brecht
- O Teatro como Arte Marcial - Augusto Boal
- Poema Pedagógico - Anton Makarenko

FILMES:

- Escritores da Liberdade
- Mentes Perigosas
- Diário de Motocicleta
- Um Grito de Liberdade
- Coach Carter
- Forrest Gump
- Filhos da Esperança
- A Língua das Mariposas
- Pequena Miss Sunshine
- V de Vingança
- Crash - No Limite
- Os Melhores Dias de Nossas Vidas
- A Partida
- Sicko
- Eu sou a Lenda
- Mandela: luta pela Liberdade

É, se você quer ser educador, acho que já dá pra começar. Se você assistiu ou leu alguma dessas obras, e não sentiu nada, nada cutucou, incomodou, desculpe: o problema está contigo. E se quer ser uma pessoa um pouco melhor, deveria correr atrás de alguns desses títulos. É a minha sugestão. Para educadores, ou não.

MELHORES DO ANO(?)

hoje teve uma espécie de despedida na escola. o último dia com atividades. amanhã iremos apenas para fazer a avaliação, resolver pequenos detalhes. e férias.

e na despedida, rolou um cafezão, bancado pelos professores. lanchinhos, frutas, comidinhas. um amigo secreto e, talvez o mais aguardado: a entrega do prêmio "melhores do ano".

na verdade, não foi um prêmio. foi uma avaliação que rolou na escola, dos alunos sobre os professores, nos três períodos: manhã, tarde e noite. foi uma avaliação que começou na brincadeira, tornou-se séria, e gerou expectativa entre os professores e professoras da escola.

pois bem, vamos lá a entrega das medalhas. as categorias eram: melhor diário, professor mais assíduo, melhor aula expositiva, melhor comando em sala, aula mais original, melhor micro-projeto em aula, professor simpatia(? - kkk), voz masculina e feminina, assim vai e, finalmente: funcionário do ano.

na categoria professor mais assíduo, eu passei longe. confesso que faltei mais do que devia este ano. não por querer, mas por problemas familiares e de saúde. mas agora estou bem melhor, e minha meta para o ano que vem é estar indicado também nesta categoria.

porque nas outras, eu estive em quase todas: melhor aula expositiva, melhor comando em sala; melhor aula original, melhor micro-projeto, voz masculina, professor simpatia e funcionário do ano.

tá certo, só levei a medalha em uma: melhor aula expositiva. mas, dentre os quase 120 professores da escola, ser o mais indicado em todas as categorias, ou seja, estar - sempre - entre os 05 melhores professores de toda a escola, nos três períodos, é motivo de orgulho ou não é?

é! principalmente pelo fato de que, os "jurados" desta eleição foram os alunos e alunas. e, pra mim, a opinião deles é a mais importante.

senti que várias pessoas torceram o nariz, ficaram incomodadas com tantas indicações minhas. quando fui receber a minha medalha, senti poucos aplausos, poucas vibrações. okey, sem problemas. os alunos mostraram que me querem. e se fui indicado para

- melhor aula expositiva
- melhor comando em sala
- melhor aula original
- melhor micro-projeto (em sala) e
- funcionário do ano

não tem jeito: tem gente na escola que vai ter que me engolir...

e vice-versa.

té mais,

rodrigo ciríaco
mais feliz, possível
mas não desejável.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

NO MEDÍOCRES!

hoje teve reunião de pais na minha escola. dez horas da manhã, pais, irmãos, alunos, alunas, responsáveis foram chegando a escola. ajeitando-se no pátio. mais de duzentas pessoas. de pé, sentadas. encostadas em alguma coluna. acomodadas em alguma parede.

nesse cenário, a direção havia pedido que Os Mesquiteiros apresentassem uma parte do espetáculo. duas pequenas cenas, esquetes. foi-se lá o Jorginho, de Sérgio Vaz, e o conto Pratos Limpos, de minha autoria.

Liliane, minha aluna que faz Jorginho, pegou de vez o jeito da coisa. a voz tímida, calada, que desejava o grito mas parecia que nao tinha pulmões, desabrochou. o pátio ouviu a voz da aluna que quase não tinha voz pra responder, em sala, a chamada. uma beleza de figura feminina, ainda menina, que vivia escondida. e agora sorri, irradia por onde passa: luz, sol e esperança. seu Jorginho de hoje foi lindo, tão bom quanto o último, que ela apresentou na Ação, e fez especialmente para o Vaz. foi lindo. pela primeira vez, na apresentação das cenas, o público nem esperou acabar a peça para aplaudir: bateram palmas ao final da primeira apresentação mesmo.

depois, leitura de um texto individual pela Gabi, enquanto eu e a Jéssica arrumávamos o cenário para o Pratos Limpos. este era o prato principal da noite. ou melhor, da manhã. uma porque é uma esquete que escrevi sobre a escola, e não há nada mais emocionante do que vê-la encenada no espaço onde nasceu. outro, porque é um chacoalhão na miséria, na pobreza que habita cada um de nós: o descaso com o outro. porque não é fácil a vida das tias da cozinha e da faxina. o trabalho delas, as coisas por quais passam. o desvalor que recebem. e terceiro, porque continha uma provocação especial aos professores e professoras. aqueles, quase 116 (cento e dezesseis), que não se dignaram a mover-se um dia para prestigiar os alunos na escola. mas ok, "a vingança não é um prato que se come frio? porque que eu não posso botar um tempero..."

e não só botamos o tempero. Jéssica também fez uma apresentação energética. vai longe essa menina. uma atriz perfeita. pronta para qualquer espetáculo. sei que ela vai ler isso. espero apenas que nao se "ache" muito. mas, pois bem, voltando. o "frisson" da apresentação foi a hora que diz: "mas tem uma coisa. não é só aluno que faz esse chiqueiro não. professor é bichinho porco também." a galera riu. não para ridicularizar os professores. riu da piada. riu porque é verdade. riu porque professores e professoras, enquanto educadores, são seres humanos. e erram. alguns, mais do que os outros. outros, pior: não reconhecem o erro.

a apresentação foi ótima. muitos aplausos, congratulações. da parte da comunidade, alunos e, principalmente das tias da cozinha. fui especialmente conversar com elas depois, para saber o que acharam, para saber se não haviam ficado chateadas - afinal, a vingança da cozinheira, é "cuspir" na merenda dos alunos. disse que sabia que elas não fazia isso. ali, estava expressa a minha vontade e raiva ao ver o que elas passaram. mas elas entenderam. estavam super felizes. por serem reconhecidas. por estarem vivas, com suas contradições visíveis. e por serem "vingadas". tem coisa melhor que isso?

não, apenas pior. os professores nao gostaram nada da provocação. disseram que não são porcos. que eu devia tomar mais cuidado. que eu devia dar nomes aos bois. as vacas. vários ficaram fazendo cara feia. de quem não comeu, não provou, mas já não gostou. a única coisa que eu disse foi que, se o professor ou professora não faz esse tipo de coisa, não havia porque ficar "indignado". não resolveu.

okei. que fiquem com a sua indignação. eu também tenho as minhas. como todos temos. o que mais me surpreende é que ninguém fica indignado com a situação das cozinheiras, das faxineiras da escola. ninguém fica indignado se o aluno também é provocado na peça, chamado de porco. ninguém fica indignado de dizer que a molecada não presta, que a comunidade é ruim porque tem muito nordestino, ninguém, na sala dos professores, fica indignado com a falta de caráter, escrúpulos de alguns colegas. com a falta de cooperação, coletividade, solidariedade. só ficam chateadinhos, nervosinhos, quando pisam nos seus calos. quando eu os chamo de porquinhos. nãooo..., isso não. isso não pode.

mas, a cena mais cômica, foi ir na sala dos professores meia hora depois da apresentação e ver: a realidade nua, crua, sempre superior - e mais verdadeira - do que a ficção. copos de água espalhados pela mesa. marcas de café caído, derrubado sobre a toalha. farelo de pão, bolacha, bolo. um prato jogado. talheres sujos sobre a geladeira. sujeira.

alguém já disse: algumas vezes, ações valem mais do que palavra.

e como diz arnaldo antunes:

"uh, uh, uh, ô professor:
quem não sabe nada é o senhor!"

salve,

rodrigo ciríaco
em luta constante contra a mediocridade:
em primeiro lugar, a minha própria

p.s.: quando vieram reclamar comigo, que eu tava muito "revoltadinho", que devia tomar mais cuidado com o que escrevia - o povo com zelo excessivo por mim, já viram? - a minha vontade era responder que o meu problema, na verdade, era "falta de sexo." isso mesmo, falta de sexo. não que eu ache que eu tenho um problema, muito mais esse, mas é que eu fiquei indignado com uma colega docente que eu considerava muito que veio me perguntar, de uma maneira bem irônica e séria, se eu queria que ela arranjasse alguém para me aliviar. afinal, uma pessoa revoltada com a miséria do mundo, as mazelas da escola, só pode ser uma pessoa que não trepa.

não sei como, respondi educadamente que meu problema não era sexual, mas político e pedagógico. disse ainda que não precisava da ajuda dela, caso achasse que isso fosse um problema, e que eu podia me virar sozinho (meio ambíguo isso). e lembrei, de uma frase antológica escrota, de uma cara escroto, chamado Paulo Maluf: "o problema das professoras é que elas são mal casadas."

quer dizer, dentro da lógica do que ela disse, se ela achar que está certa, e que meu problema é esse, a falta de sexo, talvez ela deva acreditar que o Maluf também está certo.

fica a pergunta: o pessoa professora, você é casada?

AUTOBIOGRAFIA - (INCOMPLETA, POR ENQUANTO)

branco por fora
negro por dentro

e intenso
como o sangue

que de todos
é vermelho

domingo, dezembro 20, 2009

SÓ PARA DIZER...

que o blog já tem mais de três anos.
e que esta é a postagem de número 1.001.

NADA COM NADA

a vida é foda
mas, a vida é bela

não sofra com a vida
relaxe, goze.

foda com ela.

AOS MESQUITEIROS

o comentário da minha amiga e parceira de luta nas trincheiras escolares, Mei Hua, foi tão bonito, que eu não poderia deixá-lo escondido apenas para quem acessa-se nas entranhas das postagens. então, publico-o aqui. obrigado, Mei. vou repassar também aos aluno e alunas. garanto que ficaram grato e felizes.

"Aos Mesquiteiros:

Ainda acredito que a educação pública tenha jeito. Acredito que o teatro, como arte, envolve uma parcela incomensurável de elementos que formam e educam sem resvalar para o “pedagogês”. Ainda acredito que existam pessoas que botem fé umas nas outras.

As crenças acima são verdadeiras, mas, devo confessar, sofrem ataques constantes dos reveses cotidianos. Ainda mais na esfera escolar, com suas instâncias burocratizadas, com sua enorme ausência do poder público, com sua complexidade de fatores negativos que quase sempre tomam o curso do fracasso, do desânimo ou da revolta.

No entanto, a peça fundamental dessa engrenagem chamada escola ainda é o aluno. Professores, coordenadores, diretores, funcionários e educadores não existiriam em suas funções se acaso não estivesse ali o aluno. E, apesar de presenciarmos repetidas vezes dentro das escolas o descaso quase generalizado – quando não uma atribuição de culpa por todos os problemas existentes – para com eles, alunos e alunas, há momentos em que somos realmente felizes enquanto educadores e seres humanos. Isso ocorre justamente quando há um encontro – geralmente único, especial – entre aqueles que deveriam ensinar e aqueles que deveriam aprender, mas numa via de mão dupla, ou seja, quando todos percebem que, para além das injustiças, do dinheiro, das agruras, das obediências curriculares, existe a possibilidade de enxergar o outro com “olhos livres” e, num ato de extrema coragem, entregar aquilo que nos é mais caro, mais precioso, como oferenda de boa fé ao outro.

Honrada. Foi exatamente assim que me senti ao assistir à peça De aqui de dentro da guerra, apresentada por vocês Mesquiteiros, sob a tutela do persistente e audacioso professor. Rodrigo Ciríaco. Honrada e de alma lavada por ver e sentir do que a rapaziada é capaz quando alguém resolve verdadeiramente acreditar e trabalhar duro com eles. Por que o que se vê ao assistir ao espetáculo se projeta para longe, ultrapassa as barreiras da escola e ocupa o espaço de outras dimensões que, por sua vez, afetam e determinam aquilo que adentra as instituições de ensino. Dialético e profundo, mas feito com uma simplicidade que dispensa elucubrações. Os meninos (ou melhor, menino e meninas) surpreendem e causam espanto, curiosidade. Incitam nos espectadores o riso nervoso ao interpretarem as cenas carregadas de ironia (presente nas falas dos textos contundentes). Encantam com seus relatos e tratam com suavidade e desenvoltura temas densos como abandono, descaso, morte.

E eu, que queria tanto assistí-los na escola, mas não pude, fui brindada com esses momentos mágicos em que realidade e ilusão se misturam, se condensam e viram outras possibilidades.

Obrigada.

Um caloroso abraço a todos(as).

Mei Hua."

sábado, dezembro 19, 2009

APRESENTAÇÃO: AÇÃO EDUCATIVA - 15/12

Liliane, fazendo "Jorginho", de Sérgio Vaz


Débora

e Déborah em "Crime Organizado"


F.I.N.O, Dill e Ingrid, ao fundo

Mei, Mjiba e Michel

Panfleto com infos. sobre a peça

Gleice, fazendo o Don-Don em "Férias", texto de Fanti

Bruna e Gleice

A rappa fazendo "Linha do Tiro", de Marcelino

Vanessa, em leitura de trecho de texto escrito pelos alunos

Celli e Gabi em "O caso da Menina"

Bruna lendo outro texto do grupo, enquanto Jéssica - ao lado - prepara a cena do "Pratos Limpos" - conto meu

Celli, Jéssica e Débora -deitada - em cena de "De aqui de dentro da guerra", da Dinha

Vanessa, limpando o sangue de "Francisco"

Detalhe da cena

Leitura do conto "Nós, os que ficamos"

Leitura na cena final - Vanessa

O caloroso público

Foto de parte dos Mesquiteir@s com Fanti e Sérgio Vaz, autores de conto e poema que faz parte da peça.

"É SÓ ISSO, NAO TEM MAIS JEITO, ACABOU, BOA SORTE..."

essa foi uma das semanas mais emocionantes da minha vida. coração estourando no peito, pés levitando, sentimentos a flor da pele.

foi a semana das últimas apresentações da turma de teatro da escola. de despedida dessa turma, que não mais existirá. não o teatro, o projeto segue firme e forte no ano que vem, realizando inclusive novos vôos. fala dessa turma, especificamente.

alguns alunos sairão da escola. outros, mudarão do bairro. outros mudarão de turno, vão trabalhar.

enfim, a vida segue. e que bom...

a apresentação na Ação Educativa, na terça-feira, foi uma das mais bonitas do grupo. sim, alguns detalhes talvez tenham atrapalhado o espetáculo: iluminação, altura do "palco", o ensaio único antes da apresentação.

mas os alunos estavam entregues. por inteiro. de corpo, alma e mente. racionalizando as emoções. extravasando e superando dificuldades. foram ator e atrizes, profissionais. sensíveis. belas.

foram os Mesquiteiros.

tenho muito orgulho dessa molecada. de como chegamos, de onde partimos, agora. do quanto crescemos. juntos. amo a eles, todos, profundamente. é muito bonito constituir um grupo, depois um coletivo e, como se isso não bastasse, transformar isso numa família. sincera, solidária. briguenta, inclusive entre nós. mas sempre com respeito. sempre buscando a verdade, o melhor para si e para o grupo - tarefa nada fácil. mas fomos felizes. aliás, estamos sendo.

na quarta-feira, fizemos a avaliação do ano, do grupo. lavamos a roupa suja. e lavamos mesmo; batemos a roupa no tanque, esfregamos, deixamos no molho, esfregamos de novo, colocamos na máquina, torcemos e depois estendemos. sem nenhuma mancha. sem nenhum rancor, nenhuma amargura. terminamos assim: orgulhosos, de cabeça erguida, sem ninguém tendo algo guardado pra falar. ou tendo tudo. pois palavras nao foram suficientes para descrever o que foi aquilo. então, vieram as lágrimas. o "gozo" através dos olhos. e foi o máximo.

durante todo o processo os alunos escreveram bastante. textos ótimos, impressionantes. pessoais, avaliativos. aos poucos, vou publicando algumas coisinhas por aqui.

no mais, ficaram as promessas: de manter o grupo, unido, ainda que transformado. alguns vão, outros virão. de ampliar horizontes. de invadir outras escolas, outras quebradas, outros espaços. de conseguirmos mais equipamentos, mais subsidios. de ampliarmos a luta: por mais respeito, por uma melhor educação. enfim, estamos fortalecidos, porque não estamos sozinhos.

esse ano foi bom pra mim. apesar de tudo, apesar de ter sido um dos anos mais difíceis pra mim - assuntos publicados e outros escondidos deste blog - este foi um ano extremamente difícil pra mim. ainda assim, venci. o nome que escolhi para este ano?

superação. super-ação.

então, façamos!

ano que vem tem mais. a cabeça ferve, borbulha. uma nova peça, um novo livro. novas emoções.

será que eu aguento? com certeza. "sozim ninguém guenta", e isso com certeza eu nao estou.

"um por todos, todos por um".

rodrigo ciríaco
apenas + um mesquiteiro - rs.

p.s.: ah, e quase ia me esquecendo. o total arrecadado com as 07 apresentações, no esquema P.Q.P. (pague quanto puder) foi de R$ 547, 00 (quinhentos e quarenta e sete reais), arredondado para R$ 550 e dividido entre os onze alunos que integraram o grupo, deram R$ 50,00 para eles no final das contas. adivinha se eles ficaram felizes ou não de pegarem a oncinha na mão?

"GRATIDÃO, ESSA PALAVRA-TUDO"

Ao Fanti Manumilde, Profa. Malu, Prof. Valmir, Profa. Gileide; para Mano Chapéu, Berenice, Mancha e a rappa do Núcleo Filó. Para Drica (minha mejor amiga), Prims, Márcio, Tania. Sérgio Vaz, Profa. Lú Souza, F.I.N.O, Profa. De Lourdes, Michel Yakini, Elizandra Mjiba, Dill; Eleílson, Mônica Cardim, Danilo, Ingrid, Mei Hua, Vicentinho, Danilo Góes, Martinha e João (Clariô), Ana Aranha. Aos pais, irmãos, amigos e amigas, alunos e alunas da EE Jornalista Francisco Mesquita. A direção e coordenação. E as mais de trezentas pessoas que compareceram as sete apresentações da peça "De Aqui de Dentro da Guerra". obrigado, muito obrigado.

e quem não foi, fiquei chateado sim. principalmente com os amigos. mas passou.

afinal, botando na balança, eu vejo que nao fui eu que perdi.

é nóis.

r.c.

p.s.: se esqueci de alguém e gostaria que adicionasse o seu nome a lista, me dá um toque, certo?

segunda-feira, dezembro 14, 2009

ÚLTIMA APRESENTAÇÃO - TERÇA, 15/12, 20HS - AÇÃO EDUCATIVA - CENTRO




Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita
&
o Grupo de Teatro "Os Mesquiteiros" formado por seus
alunos e alunas convidam para a apresentação da peça:

"DE AQUI DE DENTRO DA GUERRA"

O dia-a-dia na periferia através da adaptações de contos e poemas de Dinha, Fanti Manumilde, Marcelino Freire, Rodrigo Ciríaco e Sérgio Vaz, interpretado por alunos e alunas da Escola.

Trilha Sonora (músicas):
Elis Regina, Elvis Presley, Inquérito, Maria Rita, O Rappa, Legião Urbana e Z`África Brasil

Duração: 60 minutos - Direção: Rodrigo Ciríaco

Sinopse: Meninos nas ruas vendendo picolés. Anjos e demônios que atormentam nossas mentes. O roubo no trem. O filho que não quer ser um peso pra mãe. O assalto agendado com o crime organizado. A mãe que não quer mais a filha. Uma revolta na cozinha. A perda do filho. Sejam todos bem-vindos. Estas são – algumas - das histórias de nossas vidas.

ÚLTIMA APRESENTAÇÃO
15 de Dezembro, TERÇA-FEIRA, as 20hs.

AÇÃO EDUCATIVA
Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque
(Próximo à Santa Casa e SESC Consolação)

Informações, acesse: http://www.efeito-colateral.blogspot.com/
RESERVAS: Vanessa – (11) 8816-9391 ou Debora – (11) 9287-8872

APRESENTAÇÃO: EE FCO. MESQUITA - 12/12









APRESENTAÇÃO: CEU QUINTA DO SOL, 11/12

Van, tirando as meias de Francisco, em "De Aqui de Dentro da Guerra" - poema da Dinha

Jéssica, em "Pratos Limpos" - conto meu

Pratos limpos - cena se passa na cozinha de uma escola

O caso da Menina - conto de Marcelino Freire

Bruna fazendo "Crime Organizado"

Liliane maravilhosamente no papel da mãe de "Jorginho", poema de Sérgio Vaz

Detalhe do cenário de Jorginho

Linha do Tiro, outro conto de Marcelino

Jéssica, Atanilo e Gabi

Bruna e Gleice faze ndo "Férias", conto de Fanti Manumilde (único autor a ter comparecido para assistir nossa montagem. valeu Fanti).

CONTAGEM REGRESSIVA: 3, 2, 1...

este final de semana entrei em contagem regressiva com o meu grupo de teatro. é que no sábado demos início as nossas três últimas apresentações. uma coisa boa, pois estamos em clima de final de ano, cansado, os alunos precisam descansar também, viajar; eu preciso finalizar algumas coisas da escola, notas, diários, entre outros. preciso voltar a escrever: contos, esquetes, a cabeça a mil, fervilhando, mas o ruim é que já está deixando saudades. essa turma me fará falta.

os Mesquiteiros continua no próximo ano. mesma bat-escola, mesmo bat-horário. mas o grupo não será o mesmo. outras pessoas virão. alguns, irão partir. "tem gente que chega pra ficar. tem gente que sai pra nunca mais. e assim, chegar e partir, são só dois lados da mesma viagem." mas está tudo certo.

sábado fizemos uma apresentação MA-RA-VI-LHO-SA. apesar do público pequeno - 17 pessoas - eram pessoas muito próximas, familiares, amigos nossos que acolheram muito bem a peça e nos afagaram com seus risos, sustos, lágrimas e claro: aplausos. muitos aplausos. estávamos precisando disso. desse acolhimento. desse carinho, desse aconchego.

sábado foi um dia muito especial também pois descobrimos que, apesar de apresentarmos na Benedito Calixto e seu público "requintado", apesar de apresentarmos no CEU Quinta do Sol, com toda a sua estrutura, som, iluminação e beleza, NÃO HÁ LUGAR MELHOR PARA APRESENTAR DO QUE A NOSSA ESCOLA. o lugar onde nascemos, onde crescemos, ensaiamos, choramos. o espaço em que conhecemos cada pedra, cada buraco. não há lugar melhor pois não há lugar que nos faz nos sentir tão verdadeiros, tão entregues, tão em casa. com o público ali, próximo, sentindo o ar que sai dos nossos pulmões, nosso suor, gritos, choros. é tudo muito intenso. dá pra cortar a faca a densidade que paira no ar. "foi bonito a festa pá, fiquei contente."

quem não foi assistir na escola, só lamento.

ontem foi a nossa última apresentação por lá. o encerramento. chegamos cedo, ajeitamos bem o espaço. fizemos alongamento, exercícios, jogos, relaxamento. lanchinho. e depois, a espera do público. que chegou em peso. ontem, a casa lotou. e novamente, a galera da comunidade. familiares, amigos, alguém que estuda no Mesquita. além da visita ilustre da minha nova parceira Monica Cardim, que fez um registro fotográfico especial para nós, em breve no blog. Monica, obrigado. precisando, é só chamar...

e a apresentação foi excelente. a altura da estréia que, até agora, tinha sido o nosso melhor dia. alunos afinados, afiados, textos decorados. emoção, coração, estômago e profissionalismo. tudo isso na menoridade. na melhor idade. essa molecada vai longe. looooooooooonge....

já disse e repito: tenho muito orgulho deste grupo. destas meninas e menino.

a única coisa chata, necessário de ser registrada, é a falta de apoio da Escola. mais especificamente do corpo DOCENTE da escola. na EE Mesquita há mais de cem(100) professores, atuando nos três períodos. e nem 10% foi prestigiar a peça, ter a oportunidade de observar o aluno de uma outra maneira. triste, muito triste.

demonstra a preocupação deles com a quebrada, com a escola, com os alunos. comigo, com o meu trabalho. o incentivo é bárbaro.

mas não tem problema. já ganhei boa parte dos alunos e alunas, meus companheiros de luta. estou ganhando, aos poucos, a adesão de pais e da comunidade. eu preciso mais de quem, tendo essas pessoas ao lado?

nem Cristo agradou a todos. seria muita pretensão minha...

e quem não assistiu, amanhã, terça-feira, as 20hs, ÚLTIMA APRESENTAÇÃO NA AÇÃO EDUCATIVA - Rua General Jardim, 660 - Vila Buarque.

e quem for (coo)periféric@ e não for assistir, não é mais meu amigo.

e eu tô falado sério.

aquele abraço.

r.c.

sábado, dezembro 12, 2009

ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES !!!





Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita
&
Grupo de Teatro "Os Mesquiteiros" formado por seus
Alunos e Alunas convidam para a apresentação da peça:

DE AQUI DE DENTRO DA GUERRA

O dia-a-dia na periferia através da adaptações de contos e poemas de Dinha, Fanti Manumilde, Marcelino Freire, Rodrigo Ciríaco e Sérgio Vaz, interpretado por alunos e alunas da Escola.

Trilha Sonora (músicas):
Elis Regina, Elvis Presley, Inquérito, Maria Rita, O Rappa, Legião Urbana e Z`África Brasil

Duração: 60 minutos - Direção: Rodrigo Ciríaco

Sinopse: Meninos nas ruas vendendo picolés. Anjos e demônios que atormentam nossas mentes. Um assalto no trem. O filho que não quer ser um peso pra mãe. O assalto agendado com o crime organizado. A mãe que não quer mais a filha. Uma revolta na cozinha. A perda do filho. Sejam todos bem-vindos. Estas são – algumas - das histórias de nossas vidas.

Apresentações:
12 e 13 de Dezembro, as 19:30hs
(ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES)
ESCOLA ESTADUAL JORNALISTA FRANCISCO MESQUITA
Rua Wenceslau Guimarães, 581 – Jd. Verônia

Como chegar:

- De carro: pegar Av. Assis Ribeiro (veja como chegar no mapa), sentido Centro-Bairro. Na altura do nº 5.900, virar a direita e subir a Av. Sen. Elói de Souza. Ir até o final da mesma, próximo a Fábrica Cisper. Virar a direita e logo em seguida a esquerda, já estará na Rua Wenceslau Guimarães.

- De ônibus/metrô: descer na Estação Guilhermina-Esperança do metrô (Linha Vermelha), saindo da catraca pegar a direita e dirigir-se ao ponto da Lotação 2722-Jd. Verônia. Descer no ponto final, próximo da Praça XI. Já estará na Rua Wenceslau Guimarães.

E ainda:
15 de Dezembro, as 20hs
AÇÃO EDUCATIVA –
Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque

Informações, acesse: http://www.mesquiteiros.blogspot.com/
RESERVAS: Vanessa – (11) 8816-9391 ou Debora – (11) 9287-8872

CEU e FORMATURA 2009

salve, povo.

ontem rolou apresentação dos Mesquiteiros no CEU QUINTA DO SOL, que fica na Vila Cisper, Zona Leste, pertinho da minha escola. O CEU foi construído a dois anos atrás, num imenso terreno que ficou ocioso por anos. já estava planejado na gestão da Marta para virar CEU mas, quando entrou Serra/Kassab na prefeitura, quase que eles construíram um outra unidade da Fundação CASA no lugar(!). imagine, literalmente, ao invés de uma escola, mais um presídio.

mas a comunidade se organizou, conseguimos reverter essa idéia alienígena e resgatar o projeto original. e o CEU está funcionando. óóóóótimo.

ontem foi a primeira vez que os Mesquiteiros pisaram num palcão. sim, já fizemos a nossa estréia, dentro de uma sala, mas é diferente quando se está num teatro de verdade, com um palco de verdade, iluminação e som de verdade. o coração da molecada - e o meu - bateu um pouco diferente ontem. bateu mais forte.

pena que foi tudo muito, muito corrido. não tivemos tempo sequer para fazer um único ensaio naquela estrutura, o que deixou a garotada um pouco confusa. além do público, que não foi ruim - umas cinquenta pessoas - mas que ficou pequeno em meio aqueles trezentos lugares. mas beleza. a molecada fez bonito, conheceu o gostinho da coxia, de um palcão e se fortaleceram.

mas que é ótimo voltar e apresentar na nossa escola, olha... não tem igual. a energia é diferente, a a proximidade com o público é diferente. se você não foi, principalmente assistir lá na escola, vá. o barato é lôco e o processo não é lento. e este é o ÚLTIMO FINAL DE SEMANA!

depois, ainda tivemos o prazer de fazer a colação de grau dos formandos das oitavas e terceiros anos do ensino médio 2009, no próprio CEU. foi uma cerimônia muito bonita, casa cheia, alunos e alunas vestindo becas, homenagens, juramentos, músicas. fiquei muito emocionado. não apenas por ver o fechamento de um ciclo, a festa, que pra mim é uma das coisas mais bonitas - adoro formaturas, afinal, como professor, esta é a festa de encerramento para tudo aquilo que acredito -, mas fiquei feliz por ter sido escolhido pelos alunos e alunas das oitavas, o paraninfo deles, responsável por entregar o diploma. amei.

no mais, é isso. dias de se comemorar grandes vitórias em meio as batalhas da guerra.

e a luta continua.

r.c.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

ADVERTE

O Ministério da (Des)Ilusão adverte:
O AMOR É UMA DROGA!

Sendo droga, pode causar:

Ansiedade
Euforia
Depressão
Alegria
Pânico
Risadas fora de hora
Mau-humor
Frios na barriga
Cólicas intestinais
Vontade de viver
Vontade de se matar
Vontade de brigar, lutar, transformar
- pois mesmo ridículo, o verdadeiro
revolucionário, é movido por sentimentos
de Amor, já disse Che, e eu concordo -
o Amor causa
Brigas
Carinhos
Afagos
Beijinhos
Horas de Sexo
Dias de Solidão
Meses de namoro
Anos de Perdição (ou perdidos...)
Esporros
Porradas
Chamegos
Risadas
Arrependimentos
Descomedimentos
Safadezas
Mentiras
Trairagens
Compulsão para sofrer
E fazer tudo de novo
Além de um tesão incontrolável.

Não esqueça:
O AMOR VICIA!

E não há níveis seguros de consumo e satisfação. Então,
se joga, PORRA!

EFEITO MORAL - POEMA

mando esse poema pra dar uma força pra minha amiga CamiLuaLeão, lá de Brasília, atingida não apenas pelas denúncias de imoralidade, corrupção e injustiça que cerca a sua cidade - FORA ARRUDA! - mas também pelas bombas, cacetetes, pernas roxas, ZOOOM nas orelhas, dedos quebrados e outros ferimentos, não apenas físicos.

força aí, FIONA. beijo e abraço.

EFEITO MORAL
(Rodrigo Ciríaco)

Bomba!
Expressivo artefato explosivo
Que se diz Inocente
De todas as acusações de mortes e ferimentos
Provocadas por suas explosões e estilhaços.
Afirma respeitar
A conduta e integridade física
De todos os manifestantes
Agindo apenas
Moralmente
Para garantir a continuidade
Da pacífica ordem
E do vantajoso
Progresso.
Sem indicações de efeitos colaterais.
Diz ser tão inofensiva
Quanto ler um poema!

OS ÚLTIMOS DIAS

salve, povo.

os últimos dias tem sido muito corridos pra mim. muitas coisas acontecendo na quebrada, cidade, brasil, mundão: escândalos de corrupção, conferência em copenhage, inundação da cidade, etc. mas o que mais estou ligado, ainda, são nas apresentações de teatro do meu grupo da escola. acertos finais de detalhes, apresentações. por isso o sumiço por aqui, em outros lugares, blogs, emeios.

hoje tem apresentação no CEU Quinta do Sol, que fica perto da escola. sábado e domingo as duas últimas apresentações na minha escola e, terça-feira, apresentação final, encerramento e despedida, na Ação Educativa.

muita gente que disse que ia ver, fazer uma forcinha, ainda não viu. outros não virão. não verão. firmeza. não sou eu que estou perdendo. além do mais, prefiro valorizar aqueles que colam, chegam, representam.

a vida continua. firme e forte. nos últimos dias, muita luta. como já disse alguém: "se queres a paz, prepara-te pra guerra." como paz, apenas, é pouco pra nóis, a caminhada é longa, sinuosa e estreita. beleza. ninguém achou que seria fácil, achou?

r.c.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

ÚLTIMA SEMANA - NÃO PERCA!!!


Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita
&
Grupo de Teatro "Os Mesquiteiros" convidam para a peça:

DE AQUI DE DENTRO DA GUERRA

O dia-a-dia na periferia através da adaptações de contos e poemas de Dinha, Fanti Manumilde, Marcelino Freire, Rodrigo Ciríaco e Sérgio Vaz, interpretado por alunos e alunas da Escola.

Trilha Sonora (músicas):
Elis Regina, Elvis Presley, Inquérito, Maria Rita, O Rappa, Legião Urbana e Z`África Brasil

Duração: 60 minutos - Direção: Rodrigo Ciríaco

Sinopse: Meninos nas ruas vendendo picolés. Anjos e demônios que atormentam nossas mentes. Um assalto no trem. O filho que não quer ser um peso pra mãe. O assalto agendado com o crime organizado. A mãe que não quer mais a filha. Uma revolta na cozinha. A perda do filho. Sejam todos bem-vindos. Estas são – algumas - das histórias de nossas vidas.

Apresentações:
Datas: 12 e 13 de Dezembro, as 19:30hs
EE Jorn. Fco. Mesquita – Rua Wenceslau Guimarães, 581 – Jd. Verônia

Como chegar:
- De carro: pegar Av. Assis Ribeiro (veja como chegar no mapa), sentido Centro-Bairro. Na altura do nº 5.900, virar a direita e subir a Av. Sen. Elói de Souza. Ir até o final da mesma, próximo a Fábrica Cisper. Virar a direita e logo em seguida a esquerda, já estará na Rua Wenceslau Guimarães.

De ônibus/metrô: descer na Estação Guilhermina-Esperança do metrô (Linha Vermelha), saindo da catraca pegar a direita e dirigir-se ao ponto da Lotação 2722-Jd. Verônia. Descer no ponto final, próximo da Praça XI. Já estará na Rua Wenceslau Guimarães.

11 de Dezembro, as 17hs.
CEU QUINTA DO SOL – Rua Otto Cordes, s/n. – Vila Cisper

Como chegar:
veja infos. Acima. O CEU Quinta do Sol é bem próximo da Escola.

E ainda:
15 de Dezembro, as 20hs.
AÇÃO EDUCATIVA – Rua General Jardim, 660 – Vila Buarque

Informações, acesse: http://www.efeito-colateral.blogspot.com/
RESERVAS: Vanessa – (11) 8816-9391 ou Debora – (11) 9287-8872

FOTOS TEATRO - 06 DE DEZEMBRO