o poema abaixo eu roubei do blog da minha queridíssima amiga Rera Tavares (www.assovio.blogspot.com). é que eu achei tão bonito que fiquei com vontade de divulgar. não fica bravo comigo não rera, tá? beijones...
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a fragilidade absoluta das coisas.
eu, coisa, a fragilidade absoluta de mim.
exclamo interrogações
é preciso ser vertical, como os prédios,
então treino: o pé direito à frente, depois o esquerdo
e assim sucessivamente
vontade de abraçar o mar
até virar água
mas nasci bicho da terra
assim como os elefantes, os macacos e
os bois
sábios os elefantes, macacos e bois
que se amam e respiram e seguem
sem elocubração
profetas
issos
aquilos
já eu, humana
não me basto:
cogito sonhos
penso
nuvens
quero nadadeiras
e asas
invento nadadeiras e asas
que se lêem –
leia-se, escrevo:
é preciso ser vertical
ao que eu me curvo
ao que eu protesto
edificando poemas
Um comentário:
obrigada, Rozão!!
que brava o quê, fico é muito feliz!
beijocas comovidas.
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