sábado, novembro 10, 2007

A Literatura (é) Possível

salve povo,

na semana de arte moderna da periferia, o pessoal da minha escola resolveu fazer a semana cultural. nenhuma relação direta mas, sabe como é, as forças confluem. e foi um barato lôco. a escola teve oficina de dança, pipa, argila, embalagem de presente, música e, claro, literatura, que ficou por minha conta.

tirando um certo "boicote" dos professores de língua portuguesa, nenhum problema. aproveitei o primeiro dia da semana cultural para fechar o último encontro da oficina do projeto "Literatura (é) Possível".

para quem não sabe, foi um projeto que desenvolvi na escola - com dinheiro do meu bolso - que tinha por objetivo propiciar o encontro, bate-papo, conhecimento entre escritores e os meus alunos e alunas. tivemos mais de oitenta alunos inscritos e as oficinas tiveram, em média, 30 alunos participantes.

quinta-feira, dia do encontro com os meus alunos, perguntei o que acharam do projeto. curtiram muito, muito mesmo. o fato de encontrar a figura do "O Escritor", presente, ali na escola, conversando, trocando uma idéia, falando de suas vidas enfim... para tod@s alun@s foi muito bom. custei para arrancar alguma coisa que eles não gostaram da oficina. sabe o que? disseram que tiveram poucos encontros. e que começou muito tarde - já que o projeto começou em maio.

isso tudo foi um puta de um incentivo para mim e uma certeza: estamos no caminho.

além dos alunos satisfeitos, um dos saldos da oficina foi a aquisição de alguns livros para a biblioteca e a distribuição, para os alunos participantes, de mais de 30 livros! como eu disse, tudo isso foi possível só porque investi uma grana do meu bolso e devido a generosidade de meus amigos-escritores que foram à escola: Marcelino Freire, Sacolinha, Dinha e Allan da Rosa. alguns levaram livros e distribuiram, de graça, sem eu pedir. outros não queriam receber, apesar de eu fazer questão de pagar - profissionalismo.

por tudo isso, a vocês quatro car@s, meu muito, muito obrigado mesmo. como eu já disse, não tem dinheiro que pague. o que posso fazer é oferecer a minha "gratidão, essa palavra-tudo (CDA)". e o que precisar, estamos aí. tamo junto!

e só frizei a questão de que eu banquei o projeto para que vocês tenham ciência que não foi o Estado que bancou. o Estado não deu nada, não dá nada: não comprou livros, não pagou os escritores. nem condução, nada.

pelos menos não me atrasaram o lado. já é um ganho

mas é isso. pra quem vive escrevendo sobre a dor, essa foi uma semana de contemplar as vitórias. as pessoais e coletivas. uma semana de muito amor.

salve,

rodrigo

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