sábado, julho 31, 2010
MESQUITEIROS NA NOVA ESCOLA
segunda-feira, julho 26, 2010
PRESTAÇÃO DE CONTAS - VAI (MAI A JUL)
domingo, julho 25, 2010
PRA FICARMOS DE OLHOS ABERTOS
Nas últimas semanas, o presidente venezuelano Hugo Chávez passou diversos sinais conciliadores para o mandatário eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, que tomará posse dia 7 de agosto. O retorno também foi promissor: o novo chefe de Estado colombiano revelou-se disposto a construir uma agenda positiva, que permitisse o pleno reatamento entre os dois países.
Mas a aproximação foi fulminada pela ação de Álvaro Uribe, desconfortável com a autonomia de seu sucessor e o risco de perder espaço na vida política do país. Mesmo sem qualquer incidente que servisse de pretexto, jogou-se nos últimos dias a reativar denúncias sobre supostos vínculos entre as Farc e a administração chavista.
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O ápice da performance uribista foi a atual reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos), que se realiza em Washington. Bogotá apresentou provas para lá de duvidosas, que sequer foram corroboradas por seus aliados tradicionais, de que a Venezuela estaria protegendo e acobertando atividades guerrilheiras. A reação de Caracas foi dura e imediata.
A decisão pela ruptura de relações diplomáticas, no entanto, pode ser provisória. O próprio presidente Chávez, nas primeiras declarações a respeito dessa atitude, reafirmou a esperança de que Santos arrume a bagunça armada pelo atual ocupante do Palácio de Nariño. Mas reiterou sua disposição de enfrentar e desqualificar a estratégia de Uribe.
O presidente colombiano parece mirar dois objetivos. O primeiro deles é interno: a reiteração da “linha dura” como política interna facilita sua aposta de manter hegemonia sobre os setores militares e sociais que conseguiu agregar durante seu governo. O segundo, porém, tem alcance internacional. O uribismo é parte da política norte-americana para combater Chávez e outro governos progressistas; mesmo fora do poder, o líder ultradireitista não quer perder protagonismo e se apresenta como avalista para manter Santos na mesma conduta.
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Fontes do Palácio de Miraflores não hesitam em afirmar que as provocações de Uribe, além de fixar seu alvo no presidente venezuelano, seriam estranhamente coincidentes com o discurso de José Serra e Indio da Costa no Brasil, retomando a pauta de eventuais relações entre o PT e a guerrilha colombiana. Esses analistas afirmam que o governante de Bogotá deu um lance para se manter em evidência na disputa regional entre os blocos de esquerda e direita.
Autoridades venezuelanas, nos bastidores, se empenham para que haja uma condenação generelizada, dos países latino-americanos, à conduta de Bogotá e ao cúmplice silêncio norte-americano. Não desejam que outras nações sigam o caminho da ruptura, mas Chávez parece convencido que seu colega colombiano não poderá ser detido com meias-palavras ou atos de conciliação.
*Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi
SARAU DOS MESQUITEIROS - 31 DE JULHO
ENCONTRO LITERÁRIO - ALESSANDRO BUZO
sexta-feira, julho 23, 2010
quarta-feira, julho 21, 2010
CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA - GABRIEL GARCIA-MARQUEZ - INDICAÇÃO
Não é a história em si, já conhecida e revelada desde o título e nas primeiras linhas desta "crônica-romance", que nos envolve apenas. Mas principalmente a maneira de contá-la, envolvendo o leitor como se faz um encantador de serpentes, é que me fascinou a leitura de 'Crônica de uma morte anunciada', de Gabriel Garcia-Marquez, o Gabo. Um livro saboroso, com uma linguagem direta, objetiva, clara, uma história curta, daquelas que se pode ler em uma "sentada". Um livro simples, que me fez lembrar a expressão muito usada no teatro, por uma amigo: "a complexidade está no simples"
terça-feira, julho 20, 2010
quinta-feira, julho 15, 2010
CONTO - BOA VIAGEM
Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem. E do moço de cabelos loiros pele rosa e bermurdas curtas da praia de Boa Viagem. E do menino negro descalçado descamisado com marcas de brasa de cigarro marcado no braço na praia de Boa Viagem. O menino sorrindo sentou-se na mureta cinza gasta feita para barrar as águas da maré cheia da praia de Boa Viagem. Ao lado do moço loiro que lhe acenou um sorriso branco de simpatia na praia de Boa Viagem. E a moça menina bonita com as pernas bojudas roliças morenas de pelos descoloridos ficou parada frente ao moço e seus olhos na praia de Boa Viagem. O moço raios de sol no rosto cumprimentou a menina na praia de Boa Viagem. A menina cada vez mais criança com olhar sapeca sorriu lambendo e molhando os lábios para o moço na praia de Boa Viagem. O menino pequeno ficou puxando assunto de gente grande com o moço na praia de Boa Viagem. E depois de lhe ganhar confiança aproximou-se com os beiços carnudos da orelha fina e avermelhada do moço na praia de Boa Viagem. E fez comentários curtos sussurrados que causaram espanto rubro a face branca do moço estático sentado na praia de Boa Viagem. O moço loiro entendeu fingindo que não queria entender franziu a testa e olhou feio para o menino na praia de Boa Viagem. O menino negro abriu o sorriso amarelo desdentado mais malicioso do mundo e disse então o preço para o moço na praia de Boa Viagem. O moço indignado raiva expressa no corpo levantou os braços ajeitou as pernas e disse um blá! sem olhar pra trás e partiu na praia de Boa Viagem. A menina criança que nada falava entrou na dança e sentou-se no banco de concreto duro da praia de Boa Viagem. O vento beijava e sustentava os seus lindos fios finos negros lisos de cabelos esvoaçantes da praia de Boa Viagem. Os olhos amendoados castanho-escuro ficaram mareados pela rejeição na praia de Boa Viagem. O menino pés no chão bermuda verde-limão disse liga não a gente pega outro gringo na praia de Boa Viagem. E saiu andando saltitando feito saltimbanco entre areia calçada e banco procurando um próximo cliente da praia de Boa Viagem. A menina ficou ali parada olhando as águas agitadas e turbulentas dos seus olhos refletindo no Atlântico banhado na praia de Boa Viagem. E se perdeu em pensamentos de lençol sujo cama suada e colchão fino alugado em um muquifo podre apertado e imundo cheio de areia da praia de Boa Viagem. E se lembrou do sustento pra casa da mistura na panela do chinelo do irmão que vive chorando que também quer vir pra praia de Boa Viagem. E imaginou que vida dura é ser adolescente bonita corpo cheio esculpido e pobre vagando a procura de um futuro na praia de Boa Viagem no meio da tarde de um domingo azul.
TE PEGO LÁ FORA - RODRIGO CIRÍACO
quarta-feira, julho 14, 2010
JUSTIÇA, AINDA QUE TARDIA(?) - SABOTAGE
ASSASSINO DE SABOTA CONDENADO A 14 ANOS DE PRISÃO
fonte: Yahoo Notícias
Sirlei Menezes da Silva foi condenado hoje pelo 1º Tribunal do Júri do Fórum Criminal da Barra Funda a 14 anos de prisão por matar o rapper Mauro Mateus dos Santos, conhecido como Sabotage, em 2003. A juíza Fabíola Oliveira Silva concluiu que o homicídio teve dois agravantes: motivo torpe e defesa da vítima impossibilitada.
A razão do crime foi apontada como vingança, de acordo com investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. Sabotage e Sirlei estavam envolvidos em uma rede de tráfico de drogas na Favela da Paz, na zona sul de São Paulo, local onde moraram durante algum tempo, de acordo com as investigações.
O músico e outro traficante da quadrilha, Durval Xavier dos Santos, o "Binho", teriam assassinado um comparsa de Sirlei, Nivaldo Pereira da Silva, o "Caçapa". O réu chegou a confessar o crime quando foi preso, em 2004, mas a defesa alega que ele foi forçado a fazê-lo.
Após o depoimento de uma testemunha secreta, chegou-se à indicação da autoria de Sirlei. Ela apontou também o acusado como responsável por outros oito homicídios, que já estão tendo suas investigações reabertas.
O defensor público, Marcelo Carneiro Novaes, disse que vai entrar com um recurso ainda hoje. Segundo ele, as provas são insuficientes e a confissão extrajudicial - que poderia atenuar a pena - não tem "suporte técnico".
Histórico
O assassinato de Sabotage ocorreu em 24 de janeiro de 2003, no bairro da Saúde, zona sul da capital paulista. O rapper começou sua carreira com um disco solo e fez parcerias com importantes nomes do hip-hop nacional, como RZO, SP Funk, Rappin' Hood, entre outros. Ele fez participações nos filmes "O Invasor", de Beto Brant, e "Carandiru", de Hector Babenco.