quinta-feira, maio 31, 2007
para quebrar o mar de gelo
segunda-feira, maio 28, 2007
pequenas grandes vitórias
hoje aconteceu o lançamento da edição nº 01 do jornal dos alunos e alunas da Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita. o Fique de Olho!. o nome do jornal e a produção fica por conta dos alunos. a coordenação pedagógica, edição e diagramação por minha conta mesmo. e tudo feito na raça. pego nos pêlos, com a ponta da unha.
foram dois meses e meio de muito suor e entusiasmo. meu e das alunas envolvidas. e que disposição, que comprometimento com o trabalho. no início, acreditava que daria certo. mas vacilava algumas vezes. elas foram o meu porto seguro. a minha confiança. e não é que deu certo? o jornal está aí. para dizer uma versão da verdade. a versão dos alunos. e incomodar.
garanto que algumas pessoas da escola já se incomodaram. inveja apenas do trabalho? não, incômodo com o fato de que algumas verdades estão sendo ditas.
hoje foi o lançamento, com direito a festa, dança e música. e os alunos se divertiram. e amanhã começa as vendas. apenas r$ 0,50 (cinquenta centavos). é o que vai garantir a impressão do jornal. e outras oficinas com convidados, por exemplo de fotografia. além do material utilizado nas oficinas. e é isso aí. estou muito feliz.
um árduo trabalho está começando a render pequenos frutos. vamos aguardar até o final da colheita.
e se quiser conferir semanalmente as notícias do jornal, acesse o blog do jornal nos links ao lado.
e é isso. aquele abraço,
rodrigo
quarta-feira, maio 23, 2007
terça-feira, maio 22, 2007
Repercussões literárias
Fato é que, quem disse que aluno não gosta de ler? E não gosta de Literatura? E que Literatura é chata? Sou professor do quê? De História. Apaixonado pelas letras. Históricas, historiográficas. E Literárias. E os alunos gostam de ler sim. Obrigado. Eu - quase - sempre acreditei em vocês.
Marcelino, preciso agradecer-lhe. Esta semana muitos alunos me pararam, me cobrando, quando iria ser a próxima oficina. Eu perguntava: - Gostaram? E eles respondiam - Vixi, é claro professor! Da hora! E insistiam: - Quando é a próxima? Qual o próximo escritor que vem? Mesmo sabendo de antemão que é um escritor por mês. - Galerinha, é só uma vez por mês. Pouco? Também acho. Mas é muito também. Tem muita coisa que dá para fazer em um mês, trabalhando com essa empolgação, essa energia deles. O encontro com os escritores é o ápice. Como foram os meus encontros com a Dinha, enquanto trabalhávamos juntos no Travessia. Se hoje tenho paixão em escrever muito veio dela. Aprendi uma forma de aliviar a dor. Terapia? Não, necessidade. Lance Vital. Indispensável. Como acredito que é indispensável pensarmos numa nova educação hoje em dia. Não apenas mais humanizadora, inclusiva e blábláblá, mas um pouco mais divertida. E alegre também. Como eu estou. Como eu vi nos sorrisos de alguns alunos.
Calma, calma pessoal. Em breve tem mais. Te cuida Sacola, tem uma turminha ligeira te esperando na quebrada.
Abraço,
segunda-feira, maio 21, 2007
sexta-feira, maio 18, 2007
Projeto Literatura (é) Possível + Oficina Marcelino Freire
Participação dos alunos
Repararam como esta sala é um pouco melhor do que a da minha escola?
Bem, estas são algumas fotos das Oficinas que compartilhei ontem com o Marcelino Freire, uma na minha escola com alunos da 5ª, 6ª e 7ªs séries e outra na Biblioteca Alceu. Sete e dezoito da matina, tenho que ir para a escola. Depois eu comento sobre como foi o dia. Abraço
quinta-feira, maio 17, 2007
EDUCAÇÃO PÚBLICA GRATUITA E DE QUALIDADE
Enquanto no Plano Federal se discute a normatização e/ou o Direito de Greve (ou não!) dos Servidores Públicos Municipais, Estaduais e Federais, a Universidade de São Paulo/USP está paralizada, mais uma vez, com a GREVE DOS ESTUDANTES - agora com apoio dos funcionários.
Entre as reivindicações, estão: (1) Contra os vetos do aumento do repasse de verbas para a Educação Pública; (2) Contra os decretos que atacam o direito da Autonomia Universitária; (3) Democratização da Universidade; (4) Contratação de Professores; entre outros.
Acredito que são reivindicações legítimas dos estudantes que, há anos, vem lutando contra a política do PSDB de sucateamento do Ensino Público, em todos os níveis: Básico, Fundamental, Médio e Superior. Estou há quase vinte anos(!) dentro do ensino público estadual, ora como aluno - a maior parte do tempo -, e agora, como professor. Como estudante, sofri muito pela má qualidade de ensino das escolas públicas, e só consegui entrar na Universidade depois de sete meses em um cursinho pago. Como professor, estou conhecendo um pouco melhor da "máquina educacional" do Estado/PSDB e tenho uma certeza: mudanças profundas são necessárias.
Em 2003, quando era estudante de História na FFLCH - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, tivemos uma Greve dos Estudantes que durou mais de cem dias. O motivo principal: contratação de professores. Na época faltava docentes para várias disciplinas, estudávamos em salas de aula com mais de 100, 120 alunos, ficando muitas vezes nos corredores pois não tinhamos espaço dentro das salas - prejuízo total na aprendizagem! Neste período, a Reitoria queria contratar 11 professores para toda a FFLCH. Os estudantes se mobilizaram, resistiram e, depois de muita luta, conseguimos a contratação de mais de 200 professores para toda a Universidade. Só a Faculdade de História recebeu 17 docentes, o que aliviou um pouco o sucateamento do curso.
Mas, infelizmente este é um problema que ainda persiste. Assim como esta política Educacional Criminosa do PSDB.
Bem, toda solidariedade aos Estudantes da USP neste momento!
EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA!
Acompanhe e saiba mais informações nos sítios:http://ocupacaousp.blog.terra.com.br/
http://www.midiaindependente.org/
Rodrigo
terça-feira, maio 15, 2007
Literatura (é) possível. E já vai começar...
É que começa nesta quinta-feira, na minha escola, o projeto Literatura (é) Possível. A idéia é simples: fazer oficinas de literatura dentro da escola. Com escritores ministrando as idéia. Mostrar que a Literatura na Escola é Possível. Possível de se ver. Ler e participar com vontade. Sem obrigação. Sem nota. Mostrar que a molecada gosta de literatura, sim senhor, e que se come o que tiver no prato, sim senhor. Angu de Sangue? Manda, engulo! Marcelino Freire é a minha primeira vítima, ops... que indelicadeza! Meu primeiro convidado.
Virão ainda Sacolinha, Dinha, Alessandro Buzo, Allan da Rosa e Sérgio Vaz. As oficinas serão ministradas para um grupo de alunos do ensino fundamental, dos 12 aos 15 anos. Alguns já estão um pouco ansiosos: "-Pô professor, vamos conhecer um Escritor de verdade?" Falo é... E vivo! E eu mais ainda. Vivo? Não, ansioso.
Hoje fui informado que até vão lavar o pátio e os corredores da escola para receber "O Escritor". É mole Marcelino, quanta honra - rs. Se bem que não sei se vai adiantar muito, com a bagunça da reforma e a sujeira que ronda pela escola... Sujeira da reforma? Não, de outras coisas... Incompetência administrativa, mau uso do dinheiro público. Xiiiii... Deixe de graça homem, que não vou contar nadinha aqui não. Nem adianta insistir.
Mas, acredito que nada vai dar certo. E já é tudo esperado. E merda pra nós, que a vida é um Palco e eu não vim pra ser só mais um espectador. Este Teatro também é meu...
Até. E Axé.
Rodrigo
Marcelino Freire no cantinho, ao fundo. A frente, Monteiro Lobato, fazendo as honras na recepção da Balada Literária nº 0, outubro de 2006.
segunda-feira, maio 14, 2007
um ano...
Crimes de Maio, constatação:
493 corpos, cravados a tiros
Crimes de Maio, estupefação:
352 entre os 11 e 31 anos de idade
Crimes de Maio, surpresa:
Dezenas de policiais, agentes penitenciários
Crimes de Maio, vingança:
Centenas de suspeitos, inocentes até que se prove o contrário
Crimes de Maio, tristeza:
Milhares de vítimas, pra quem fica, o choro desconsolado
Crimes de Maio, assassinato:
Trabalhador Frauzino, agora é solitário
Crimes de Maio, desolação:
O sonho de Vanessa, agora com duas alianças no dedo
Crimes de Maio, interpretação:
sensacionalismo na MÍDIA, a indústria do MEDO
Crimes de Maio, exploração:
da insegurança, o lucro no desespero.
Crimes de Maio, ressaca:
Queima de arquivo em Dezembro
Crimes de Maio, traição:
Malote sobrevivente é picado pela serpente
Crimes de Maio, opressão:
na volta do trabalho, a sola sobre o chão sem sementes
Crimes de Maio, crueldade:
na escola, soluços ecoam gritos
Crimes de Maio, afirmação:
Toque de recolher na cidade, as oito é atendido
Crimes de Maio, omissão:
do Estado, das Autoridades
Crimes de Maio, violência:
O eterno Descaso, a histórica Impunidade
Crimes de Maio, fatídico:
Dias de fúria, sangue e gemidos.
- Nonada. Toleima!
Riobaldo Tatarana em
GRANDE SERTÃO: VEREDAS, de João Guimarães Rosa.
domingo, maio 13, 2007
(rodrigo ciríaco)
Deitado, descoberto
sobre a dura calçada escura
sob a luz da marquise fria
o corpo
assume feição de corpo
mas ainda tem nome
Rita!
já foi Rita de Cássia
mulher nos braços de João
já foi Ritinha
valsa debutante, luz e salão
já foi a Tinha
fascínio por se chamar Maria
mãe de Jesus
Rachando os lábios,
cortando a orelha aberta
o vento a acorda.
Ao seu lado, cachorros
- prefere a eles do que aos homens -
e a pinga, clara como o dia
com a sua função no frio do luar.
Rita dá uma bela tragada.
senta
seus olhos, abrem
fecham, abrem
fecham
ela adormece.
Enquanto pode, sua fraca memória recorda
da infância, da adolescência e da adulta
perdida.
Rita deita.
o corpo
assume feição de corpo
e não tem mais nome
é encontrado pelas Autoridades
treze horas depois de deixar a vida.
quinta-feira, maio 10, 2007
“A FESTA ACABOU” ou “JOSÉ SERRA DE BEM”
“A FESTA ACABOU” ou “JOSÉ SERRA DE BEM”
irmão moreno relata à massa ao microfone:
“é 06 de maio, madrugada, praça da sé”
outro levanta o punho e sente que é forte:
“é pras história”
atentado 1: propriedade
são muitos
querem subir mais um pouco para ver os caras
vieram de longe, trem, ônibus, metrô
metrô, ônibus, trem, metrô
sobem palmeiras,
sobem postes,
sobem bancas,
paredes, sacada, aberta, e entra.
Em teto vazio, sem uso, palacete na cidade.
Sacada eclética de meados do século
Fachada maravilha para a geral embarracada em favela, perifa, lage e água nas canela
Olhos cheios de ver o mano subir pelas paredes,
De andar em andar mais alto, sentir-se melhor...
Saca o spray e ao vivo de 30 mil manda recado pixado:
"DESCUPA BROWN”
recado à cidade
na parede da eclética propriedade
dá recado, mostra a capacidade
de entrar na merda da propriedade
escreveu bem ali,
com mais 30.000 a escrever,
na cumplicidade.
A cidade vê o atentado à sua propriedade, vai deixar assim barato?
Que nada!
PORRADA!!
atentado 2: fala
garganta rimada
entoa a palavra guardada
emudada pelo sangue chupado
seco
sugado no trampo diário pros patrão mau amado
e Brown bem fala
alto
e os cara acompanha
a massa, junta, fala da ponte
fala da polícia
da treta murada
joga na cara,
embala a galera zoada
lado a lado, ombro a ombro os mils baladam na praça lotada
falam
dizem o ponto que pega:
a treta da exploração,
do trabalho,
do patrão
domingo no parque?
violência?
Vida loka?
Pá pá pá
A ponte
Que separa os mundos
Os playboy: os vagabundo
os mano: no trampo morimbundo
falam bem ali,
em vez da mídia que dita,
maldita
sempre emudece o grito
A cidade ouve o atentado à sua fala, vai deixar assim barato?
Que nada!
PORRADA !!
atentado 3: maioria na cara
assim tão juntos,
unidos
quase que abraçados,
São massa
Agora muita gente
Antes dispersa, em barracos,
acoados,
fáceis alvos sempre violados
pela polícia,
Pela falta de tudo
Sempre dispersa,
Espalhada,
quase não se vê, parece pouca,
é um é dois, e três no beco, na luta
viela, corredor, trecho escondido,
vejo um,
vejo dois
ali vejo nós,
ali vejo massa,
eu e os mano,
mais um, dois, três, quatro manos
cem com cara e rosto do meu
roupa da minha,
jeito do meu,
os mano são mil
são mais
são dez mil
são nós
puta quês pariu
assim diante de todos, se vendo, os outros,
são todos
maiores, maioria,
qualquer um vê, cheira, ouve, topa e sente
é maior
é gente geral,
pacaralho
é massa !!
a cidade vê o atentado à sua maioria, vai deixar assim barato?
Que nada!
PORRADA !!
Atentado 4: poder
Que faço em casa?
Eu e minhas irmã,
macarrão,
um relax,
como pedaço de pão.
Eu e os mano no bairro?
Uma pelada, zoada nas mina
Balada na esquina e nas gargalhada
E com os cara do trampo?
Sei lá, o que tiver de fazer,
As coisas que pedem,
Que mandam que faça!
No busão?
Aperto e umas tirada.
Na rua?
Correria atrás da vida,
Correria nas esquina, virada,
Da mesma pra mesma
E agora?
Que faz a massa, maioria, agora juntada?
Faz coisa e coisa sim que se faça!
A massa na praça,
deu força nas diretas,
foi força na derrubada de reis, rainhas, czares,
um fim nesses aí que embaça.
A massa desembaça.
Na praça.
Não há quem pare, que quer que se faça.
É foda.
30.000
é gente, que pode.
Poder
De 30.000 que querem viver
em vez de chupados no sangue do trampo do patrão de doer
de 30.000 que querem voar,
beber, comer bem e tomar
são poder
diante do burgo,
a cidade dos playboy
que significa isso?
Poder prá perifa?
Pros mano senzala de hoje,
Assalariado de sempre?
a cidade sente o atentado à seu poder, vai deixar assim barato?
Que nada!
PORRADA !!
Atentado 5: paz
e não é que o poder é de ver os mano Brown dizer na moral?
E não é que o poder é de ver o som acertado?
E não é que o poder é de ficar na paz?
Ali, sem ninguém tretar com ninguém, xupar a idéia, a força,
Sem a sacanagem indiferente dos de classe “elevada” que olha de cima,
sempre na tirada, armada, sempre fechada no carro blindado acuada.
Ali são 30.000 manos na paz
Ali, não se sobe nas costas
Ganha em cima
São minimamente iguais no estado
Da arte moral
Na paz
Total
Envergonham a condição diferente dos playboy em geral
Que tratam a cidade com guerra.
sobem nas costas de gente
Ganham na frente
Chupam a paz,
Enganam a moral
E tretam pois “são mais”
Se acham diferentes
Com o chicote escondido,
Esfolando o dia, o trampo,
Os ricos exploram e roubam, são longe de paz
O normal é a guerra armada por leis e idéias pelos ricos criadas:
O trabalho mal pago, a serviço,
sempre serventia.
serventia
No dia a dia é guerra, escancarada.
Agora, na sé, os mano são paz.
São os camarada.
Sem treta,
São som,
São dança,
E a cidade vive com a paz o atentado a sua guerra, vai deixar assim barato?
Que nada!
PORRADA !!!
Assim mesmo,
foi feito.
Na cidade de José,
quem manda, é:
PORRADA !!
encoberta pela mídia em desculpa armada.
E dizem sem mesmo esconder:
Já estavam esperando bater, chutar, foder.
Justificam, explanam, em rodas globais explicam.
Criam fato pseudo real,
De uma coitada de banca de jornal,
para justificar no B.O. da mídia burguesa
que ajusta a cabeça da cidade à sua mentira
mentem
e justificam o abuso, a guerra, o ódio, o sangue
chupado por José, o cabeça do burgo
é ele quem manda nos passos chucros da PM
é ele quem diz, quando sua cidade vive atentados à sua ordem.
E ordena:
avança!
Mira!!
Chuta, grita, bate, escurraça !!
Atira!!
Atira!!
manda devolta pra casa
grita na orelha pimenta.
Sai daqui, fora!!!
Fora!!!
Chuta !!
Esburracha !!!
Pelos cacetetes da PM,
José Serra bate nos mano.
José assim aplica um tiro, atira na cara
E diz depois que fez bem.
homem de bem !
É José quem mandou,
José Serra !!
José Serra de bem !!
ZONA DE POESIA ÁRIDA
Ação Cultural no Edifício Prestes Maia - Fevereiro de 2006
Fotos: Rodrigo Ciríaco
XVI
Murilo Mendes
Diante do crucifixo
Eu paro pálido tremendo
“Já que és o verdadeiro filho de Deus
Desprega a humanidade desta cruz”.
crise ?
aos pouc@s que acompanham este blog, peço desculpas. desculpas por não colocar nenhuma mensagens por estes dias. quem acompanha vários blogs (quase) diariamente, como eu, sabe como é chato você ficar visitando um blog vários dias e não ter nada. a mesma cara, sempre. vira rotina. monotonia.
mas é que eu não tinha nada para dizer! ou melhor, achava que não tinha. tinha e não tinha. crise? sei lá. tava de saco cheio das coisas que escrevo, que posto aqui. achando tudo uma bosta, literalmente. e como fede. e me incomoda.
mas, não tem jeito. já tentei desenhar, fazer dança, teatro, música... nada deu certo! sobrou escrever. a literatura? não, isso não sobra. mas é a minha única - última - alternativa. preciso me expressar algumas vezes. preciso utilizar alguma forma de linguagem. o marcelino já disse que escreve para se vingar. clarice dizia que escrever é a maldição que salva. a dinha escreveu que escreve para não virar estatística. de acordo, com todos eles(as), também escrevo. ainda que não goste.
ainda que agora mesmo tenha vontade de deletar todos os meus poemas? não, não posso dizer que são poemas. todos os meus textos. botar fogo nos meus medíocres projetos de livros. vontades? tenho. mas não faço. sei que vou me arrepender disso.
e eu que durante um pequeno tempo acreditei nesse papo de "inferno astral". meu aniversário já passou e... xô daqui ôh bicho ruim! sai zica, saaaaaaaaai!
até mais.
rodrigo
sábado, maio 05, 2007
CARAMIGOS
engraçado, não era para ser assim
sempre assim.
meus amigos, meus aliados, meus irmãos
como o orvalho da manhã, nascem, brilham
e desaparecem...
também faço isto com eles?
sei só que eles ainda me doem
e como fazem falta
falta do sorriso
falta do abraço
falta de um esporro
um diálogo sincero e bem compreendido.
mas, sem problema, a vida segue,
segue seu rumo, segue seu leme,
segue seu lema.
e nestas curtas longas estradas
cruzando nas encruzilhadas, sei que vou encontrar
o novo e o antigo, o bandido e o cachorro,
o meigo e o mendigo, os loucos e incompreendidos
meus eternos caramigos
(rodrigo ciríaco)