segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Persisto!

Reconhece a queda e não desanima

Vou chorar minhas pendengas então, se não tiver interessado, pode ir para outro blog/sítio.

Ser professor não é fácil. Educar não é fácil.
Valorizo muito os bons professores que estão na ativa da rede pública, estadual ou municipal. Principalmente os da rede pública (gratuita e tentando fazer a qualidade!) Depois de 10, 20 anos continuam lá: firme e forte, preparando suas aulas, preparando suas atividades. Olho para eles e tento fazer deles o meu espelho. Gostaria muito de chegar a este tempo na ativa e ter a disposição que eles tem. Porque não é fácil. Nem um pouco.
E eles também são bem poucos...
E falando de maus profissionais, eu não culpo apenas os maus profissionais não. Eles tem uma parcela de culpa sim pois desistiram de travar a guerra. Sim, dar aulas é praticamente ir para a guerra. E ser professor(a) é ser Guerreiro. Desistiram da guerra mas não hasteiam a bandeira branca. Nem vão para o front. E nem assinam o armistício. E nem fazem porra nenhuma. Isso que é foda.
Mas, como eu tava falando, dar aulas não é fácil. Tenho uma preocupação gigantesca em dar aulas. Preparar-me, preparar as minhas atividades. Diversificar nos materiais pedagógicos. Estudar, estudar, estudar.
Nem sempre dá certo!
A situação de aula é sempre inédita, tá ligado? Nunca uma aula é igual a outra. Nunca. E se isso tem a sua parte boa, muitas vezes te destrói também. E hoje foi um dia daqueles. Fui do céu ao inferno em 08 aulas...
Eu queria falar muito mais sobre isso mas, deixo pra outro dia. A cabeça hoje tá cansada.
As vezes tenho vontade de tocar o botão do foda-se e partir pra fora da guerra. Porque acho que não sou capaz. Porque me sinto fraco. Porque eu não admitiria ser medíocre e fingir que dou aulas como fazem muitos professores que eu critico. É como um mestre, o prof. Julio diz: ou você é professor ou não é. Não tem essa de meio termo.
Por enquanto, quero ser professor. Se desistir eu aviso.
Hoje levei para a sala um texto do Marcelino Freire. Fiz a leitura nas 7ªs e 6ªs. O conto "Da Paz". A molecada curtiu. Vários pediram cópias. E fiz uma relação do texto com a questão da história e tal. Acho que foi bom.
Foda foram as quintas séries. E foram as últimas aulas. Por isso do céu ao inferno, sacou? Foi difícil. A última aula, as 17h30m, depois de trampar desde as 09H30m... Já estava no meu esgotamento mental, sem paciência. Os alunos também. Tocaram o barraco. Me desconcertaram. Me destruiram. O que salvou foi o beijo no rosto de uma aluna, ao ir embora, depois de eu descobrir que ela não sabia escrever e eu disse: nós vamos mudar isso. Ela foi lá me dar tchau. E foi embora. Um beijo de agradecimento, senti. E recompensou o meu final de tarde.
É foda, quinta série e não sabe escrever! Eu fico pensando: como um professor, alfabetizador é capaz disso? Não dá para culpar totalmente o aluno. Mas a culpa, em maior parte dos casos, recai sobre ele.
Abrindo a internet agora, as 21h11m, desanimado ainda, cansado, percebo porque eu preciso me fortalecer ("reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima"). Muitos guerreiros estão na luta comigo: Vaz, Sacola, Canto, Dinha, Buzo, Neide, Rose, da leste a sul. Inter ou fora continente: Gú, Fernando. Muita gente tá na luta. E por mais que a minha luta pareça isolada, desconectada... "Tamo junto"! Tá tudo junto e somado. E eu acho que a minha luta na Educação é muito, muito importante. E não posso desanimar. Não ainda
Bem, esse só foi mais um dia. Amanhã tem mais. Mas amanhã é um novo dia. Tudo pode acontecer.

R.C.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

*** SAFADEZAS NA ESCOLA ***

Não bastasse a onda de mediocridade que ronda a sociedade brasileira, principalmente quando o assunto tratado em questão é a Educação, nesta semana aconteceu mais um problema na minha escola: quarta-feira foi novamente assaltada!
Digo novamente porque, apenas no ano passado, houveram cerca de 05 invasões ao espaço escolar: roubo de televisores, computadores, telefones, videocassetes, dvds, armários de professores, liquidificadores, batedeiras... Nem a merenda escolar escapou! Apuração? Nhecas. Culpados? Nhecas. Prejudicados? Todos, em especial os alunos e alunas.
Não basta não ter uma sala decente para estudar. Não basta faltar professores. Não basta faltar livros, o teto ter goteira, etc, etc, etc,... A escola é constantemente violentada e o pouco, torna-se nada.
Sobram-se apenas perguntas "tostines":
- Será que a escola é assaltada por não ter segurança ou não tem segurança e por isso é assaltada?
- Será que a comunidade não protege e valoriza a escola por ela ser um lixo ou a escola é um lixo por não ser protegida e valorizada pela comunidade?
- Será que precisamos discutir a maioridade penal porque a nossa Educação não é séria ou a nossa Educação não é séria e precisamos discutir a maioridade penal?
- Será que quase duas décadas de governo tucano acabaram com a escola pública no Estado de São Paulo ou a escola pública no Estado de São Paulo acabou com as quase duas décadas de governo tucano?

É gente, o bicho é feio, e quando você acha que pegou firme no focinho, tá pegando só a ponta do rabo.
E segunda feira volta a rotina, tudo normal.
Ah não, detalhe: na minha escola vai ter RODÍZIO. É, tipo de carro sabe. Uma sala estuda a outra fica em casa, no dia seguinte troca. E assim por diante. Não tem sala para todos os alunos.
Mas isso é normal né galera. Não vai ter nenhuma COMOÇÃO NACIONAL se os alunos não estudam, não tem uma boa Educação.
Nem o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) será lembrado nessas horas.
E já falei de+.
Até.

Rodrigo Ciríaco

Em tempo: para quem acompanha aqui as notícias sobre a Ocupação Prestes Maia, depois de toda pressão política, jurídica, artística e social de apoiadores e do movimento, ao que parece, a reintegração foi suspensa por 60 dias.
Em breve outras infos. (RC)

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Pequena Saga a ser concluída:

Canudos é Aqui (?)

I
Perdidos no sertão
Caminhamos entre o chão rochoso
E tempestades de incerteza
Sobrepujamos o cansaço, a angústia,
O calor e as secas panelas.
Quase tombamos sobre a nossa vontade.

Ao redor
Uma vastidão do nada e da indiferença
Nos faz aflitos
Desejosos de um porto seguro
Um copo d’água
Uma ilusão perdida que possa
Sustentar mais alguns passos.

Quase não acreditamos,
Quando sobre olhos secos
Mareados, quase fechados,
Um prédio cravado, se emerge do chão
Uma construção de concreto,
Mais parece um canto de sereia,
Uma longa faixa,
Do céu ao chão estendida, claramente incendeia:
Canudos é Aqui!
Nós Somos o Sertão.

Acreditamos piamente
Não se tratar de mais uma ilusão,
Deixamos mochilas, deixamos o cansaço,
Deixamos todas as mentiras e os sonhos do acaso
E ofegantes, ainda corremos em sua direção.

Longas passadas, pernas cansadas,
Lembranças de idosos, crianças tombadas,
Não nos enfraquecem, não nos desmobilizam
Canudos é Aqui!

Túnica azul,
Sua longa barba branca,
Antonio Conselheiro vêm em nossa recepção
Espelha-se através
Dos olhos humildes, pequenos e sinceros,
A esperança no sertão.

Seria ilusão?

II
Árduo trabalho se inicia
Buscando fontes de água onde apenas se semeiam
A injustiça, a pobreza, a discriminação.
Ondas de lixo, ratos, baratas são removidas
Dando novo alento
Ao batido vermelho terra chão

Luz a gato clandestina se torna a saída
Para iluminar o moderno lampião
Canos são limpos, a água irriga
Lavando a alma de camponeses operários
Distantes da periferia, cravados no Centro por opção.

Organizamos festas pela nova vida
Ainda incertos pela posse da terra urbana
Entre o sim e o não
Alguma coisa acontece entre nossas vidas
Pouco distante da Ipiranga com a Avenida São João.

Mas o inimigo na seca germina
E não aceita uma organização popular no Centrão
Especuladores, empresários, a Justiça organiza
Reintegração de posse é definida então

Acontece que uma gente pobre quando se organiza
Faz jus a sua luta, de sofrimento e perdão
E contra a gentrificação que a cidade polariza
Erguem barricadas, coragem e força nas mãos.

O ardiloso inimigo se atemoriza
E por três, quatro, cinco vezes investe
Sem sucesso contra os operários da razão
Reorganizam as leis, manipulam a mídia
Para sempre favorecem os interesses da exploração

Tamanha insistência causa apenas desconforto
Mas não a entrega de valentes cidadãos
Que apesar de tudo organizam escolas,
Organizam festas, organizam a biblioteca
E a tornam símbolo maior da (maior) ocupação.

Artistas solidários se mobilizam
E dentro de interesses públicos/pessoais
Somam-se a luta do sertão
Fazem do prédio um foco, a lente do filme
Teses de mestrado, trabalhos de educação.

III
Anos se passam depois que esta luta se inicia
E quando há o meu encontro, ainda há muita sede
Muita disposição
Cavaleiros solidários ainda se fortificam
com unhas e dentes mantém firme a Ocupação.

Novos manejos os poderosos investem
Anulam a força, imprimem um termo de cooperação
Cooptam falsos líderes, investem dinheiro
Dividem o movimento, fraquejam a união

Quase não entendo quando vejo
Numa mística festa
Antonio Conselheiro defende o Sertão
“Daqui não saio, daqui ninguém me tira”
torna-se o hino da voz do povão.

Mas eu pergunto, de que vale o hino Conselheiro
Se nas lideranças não há mais a sede da Ocupação
Se existe o choque entre apoiadores e cavaleiros
Contra o vale coxinha e o Termo de “Cooptação”?

IV
Quanto mais eu corro
Parece que mais longe a esperança e o desejo ficam
Quanto mais eu sonho, mais eu acredito,
Entre acordos, lideranças aos desonestos republicanos
Se entregam.

Cheguei tarde demais?

Onde está a resistência?
Barricadas, trincheiras, sacos de areia?
Não fomos nós que sacamos as armas
Interrompemos o diálogo.
Queremos justiça!
Não haverá luta?

De longe, aumenta o meu desespero
E em segredo, a minha muda revolta
Por fazer eu crer ser possível
Se revoltar por inteiro
Acreditar na justiça,
Num sonho só de ida, sem volta.

Sem destempero, ainda longe da ocupação
Da gigantesca edificação, eu indago
Sem medo, como um insubordinado guerreiro
Canudos é Aqui?

De que adianta ter um Antonio Conselheiro
Se não resistiremos?
De que adianta o domínio, por quase cinco anos,
Se cordeiros, ordeiros, nos entregaremos?
De que adianta tanto empenho, tanta luta
Se sobre os meus olhos estúpidos e ingênuos
vejo pessoas humildes, tão simples
Sendo entregues a serpente e ao veneno.

Lembro-me dos dias em que, incrédulo,
Ouvi e acreditei:
Quem não luta tá morto!
Agora, eu apenas ouço
Quem luta dança
E isso não é apenas uma nova
Marchinha do carnaval.

Abaixo ao resistente sol quente
Tento manter a minha lucidez
E alguma sonoridade para a voz
Pois sei que a dor apenas começa
E ainda se preciso gritarei.

Apesar do vergonhoso acordo
As tropas do governo se preparam
Bombas com efeito, que de moral não há nada
Spray de pimenta, balas de borracha,
Cães verdadeiros e uma estimulada raiva
Novamente eu me pergunto
Canudos é Aqui?

Serão as crianças, presenteadas com vermelhas gravatas
Serão as mulheres, os idosos
Pisoteados como se fossem baratas.
Será o último homem, dizimado
Como se não fosse um nada.

Basta!

A história se repete
E mais parece uma piada.
Não, o sertão não vai virar mar
Apenas novas famílias serão despejadas
Canudos é realmente Aqui
Mas ao contrário, a resistência
Não foi armada
Não será até o último fio da navalha.
As semelhanças se encerram
E principiam apenas sobre suas famílias
Duras histórias de lutas, trabalho,
Sofrimento e privação sofridas
E sobre a onipotência de um governo
Que mais uma vez demonstra
De republicano e democrático
Não há nada!

Basta!

A história se repete
E mais parece uma piada.
Não, o sertão não vai virar mar
Apenas novas famílias serão despejadas
Canudos é realmente Aqui
Mas ao contrário, a resistência
Não foi armada
Não será até o último fio da navalha
As semelhanças se encerram
E principiam apenas sobre o profano/sagrado local
Prestes Maia
Que será dominado, implodido, retalhado,
Escombros para futuros arqueólogos
Sonho e casa perdida para centenas de mulheres,
Crianças e idosos
A desilusão entregue, perdida,
Ao tempo, as dolorosas lembranças,
Ao nada!

(rodrigo ciríaco)

domingo, fevereiro 18, 2007

TRAGÉDIA(s) ANUNCIADA(s)

Do Blog de Josias de Souza (Blogs da Folha)

"Deve-se ao repórter Wálter Nunes uma revelação desconcertante: documentos internos do Metrô de São Paulo revelam que os riscos de desmoronamento da linha 4 (Estação Pinheiros) eram do conhecimento dos responsáveis pela obra. A julgar pelo conteúdo dos papéis, intui-se que o acidente que custou a vida de sete pessoas foi fruto de negligência ou incompetência.

A cratera do metrô abriu-se em 12 de janeiro de 2007, no alvorecer da gestão de José Serra (PSDB). O desmoronamento soterrou um operário. Outras seis pessoas que passavam pela Rua Capri foram engolidas pelo buraco. Um ano antes, em 10 de janeiro de 2006, quando o inquilino do Palácio dos Bandeirantes ainda era Geraldo Alckmin (PSDB), documento oficial do metrô registrara um “aprofundamento na região do da Rua Capri.”

Trata-se de uma ata de reunião entre funcionários do Metrô paulista e do consórcio de empreiteiras que tocam a obra: OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Decidiu-se contratar um “consultor” para detectar a origem do “aprofundamento” da rua (veja trecho do documento abaixo).

Concluiu-se que o afundamento estaria relacionado a problemas na rede de água e esgoto da Rua Capri. A versão foi desmentida pela Sabesp, a Companhia de Águas e Esgoto de São Paulo. Os registros do “aprofundamento” sumiram das atas do Metrô. E a coisa ficou nisso.

Em 26 de maio de 2006, a obra enviou uma nova mensagem aos seus construtores. Nesse dia, uma funcionária do Metrô relata em e-mail reclamações de uma moradora da casa localizada no número 87 da mesma Rua Capri. "A senhora Carmen [de Leoni] reclama que há trincas e rachaduras pela casa toda (...). Esses problemas ocorrem há oito meses e ninguém resolveu até agora", anota o texto (veja abaixo).

Este segundo recado foi ignorado pelo Metrô e pelos construtores. Em 23 de janeiro de 2007, onze dias depois da abertura da cratera do metrô, as casas da região do acidente foram demolidas. Entre elas a de Carmen de Leoni.

A papelada que enrosca o governo de São Paulo e as empreiteiras num enredo de descaso encontra-se agora em poder do Ministério Público e da Assembléia Legislativa paulista, que investigam o caso. Oferecem um fio de meada que, se bem puxado, pode levar à identificação dos culpados que se escondem atrás de um incômodo anonimato."


http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/#2007_02-18_00_35_53-10045644-0


Teremos outras?


SALA DE AULA - Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita, Vila Cisper, Zona Leste de São Paulo. Mais informações, fotos, consulte:

http://efeito-colateral.blogspot.com/2007/02/mobilizao-da-comunidade-escolar.html

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/02/373244.shtml

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

CANUDOS É AQUI !!!


foto: Isaumir Nascimento
José Celso Martinez e Seu Severino - Teatro Oficina e Biblioteca Prestes Maia, juntos, contra o despejo.
o Zé Celso fará uma intervenção no Prestes na próxima terça, 20/02, a partir das 20hs, em apoio. "Canudos é aqui!"
Estão todos convidados.

CONFIRMADO: DESPEJO DO PRESTES MAIA

O empresário Jorge Hamuche pressionou, a prefeitura exigiu e a Justiça (hã, justiça?) decretou: a reintegração de posse do edifício Prestes Maia deve ser executada pela Polícia Militar até o próximo domingo, 25 de fevereiro!
468 famílias, uma biblioteca com mais de 15 mil livros, crianças, idosos, diginidade jogados na rua.
Ainda não aceitamos este despejo e, enquanto não for concretizado, resistiremos. Algumas ações foram programadas. Seja solidário, PARTICIPE:

AV. PRESTES MAIA, 911 - CENTRO - SÃO PAULO - SP

DIA 17/02 - sábado - no Prestes Maia - (a partir das) 14h - Oficinas e atividades como pintura da fachada, colagem de lambes, serigrafia e estampa de camisetas, pintura de faixas e cartazes, etc (levem materiais diversos como papel, tecidos, tintas e pincéis);- 15h - Bloco de carnaval dos sem-teto - percurso: do Prestes Maia até a Prefeitura;

DIA 18/02 - domingo - no acampamento na Prefeitura - (a partir das) 10h - Atividades culturais diversas (proposta do Fórum Centro Vivo);

DIA 20 - terça-feira - a partir das 16h - Prestes Maia - 16h - Ações de leitura, contação de histórias, sarau; - 18h - Filme "Canudos";- 20h - Performance José Celso sobre o tema "Canudos";- Festa (a definir atividades, estamos tentando chamar uma escola de samba e outrosmúsicos / bandas, pensamos em projeção de imagens como mostra de vídeos e/ou VJ); - Atividades e ações propostas pelos moradores (a serem articuladas);

DIA 22 - quinta-feira - horários a definir - Prestes Maia- Cordão (desfile / passeata) - do Prestes até a Prefeitura (estamos tentando a participação de uma escola de samba);- Reunião de preparação das ações do dia 25/02 (dia do despejo, se houver) e vigília do dia 24 para o dia 25;

DIA 24 - sábado - a noite - Prestes Maia - Vigília, ações e intervenções a definir;- Montagem de barricada com livros na porta do Prestes;

DIA 25 - domingo - a partir das 6h - despejo Prestes Maia (?)- Ações simbólicas- Brigada de documentação em foto e vídeo, divulgação de informações em tempo real;

You Tube - PRESTES MAIA

Edifício Prestes Maia
http://www.youtube.com/watch?v=7u52ZkIqP_4

Ato Prestes Maia - Londres/ING
http://www.youtube.com/watch?v=2Nn1qYONznk

IMPRESSÕES Preste Maia
http://www.youtube.com/watch?v=2FBNFU7GFzM

Digite PRESTES MAIA no You Tube e veja outros vídeos sobre a maior ocupação urbana da América Latina.
http://www.youtube.com/

terça-feira, fevereiro 13, 2007

MOBILIZAÇÃO da Comunidade ESCOLAR

Comissão de Reforma
Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita

* Carta Aberta à Sociedade *

A existência de uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade é notoriamente reconhecida em Declarações Internacionais, na Constituição Brasileira e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) como fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, humana, tolerante e democrática.
Os Pais, Alunos, Funcionários, Direção e Professores da Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita tem por objetivo comum, dever e compromisso público, zelar pelo efetivo exercício deste processo educacional, em todos os níveis de Ensino.
Infelizmente, a qualidade do Ensino, a Saúde, a Segurança e a íntegra Formação de todos os cidadãos envolvidos no processo educativo está seriamente ameaçada com as atuais condições físicas e estruturais existentes em nossa escola. Problemas relacionados à cobertura da mesma provocam constantes alagamentos dentro das salas de aula e corredores em dias de chuva, embolorando paredes, lousas e danificando mesas e carteiras, patrimônio Público. As permanentes infiltrações nas paredes ameaçam o teto e instalações elétricas, sendo algumas tomadas e interruptores desativados devido ao risco iminente de curto-circuito. Além disso, a Quadra, utilizada para a prática esportiva e outras atividades não pode ser usada, devido ao risco de queda de telhas e a ausência de proteção em suas laterais.
Este quadro drástico exigiu o fechamento de 07 (sete) salas de aula, de um total de 18 (dezoito), a fim de resguardar a segurança de alunos e dos profissionais da educação em horário de serviço, além da readequação de outras salas (laboratório, direção e sala de informática) para que todas as salas de aula possam ter a garantia de funcionar neste ano letivo.
A situação poderia ser ainda pior se não fosse do conhecimento público desta comunidade escolar a aprovação de uma reforma para a EE Jornalista Francisco Mesquita no valor estimado de R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais), publicado no Diário Oficial do Estado no mês de Novembro de 2006. Porém, até o presente momento, não se teve início ao processo de Reforma da Escola e, agora, com o início do Ano Letivo de 2007 e com alguns dos problemas aqui apresentados, não temos mais condições nenhuma de esperar.
Através do trabalho conjunto de Pais, Alunos, Direção, Funcionários e Professores da EE Jornalista Francisco Mesquita, foi instaurada uma Comissão para acompanhamento da Reforma na Escola, com o intuito de que as reivindicações e necessidades da Comunidade Escolar sejam atendidas e para que possamos finalmente trabalhar, com condições dignas e adequadas, por uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade.
Sendo assim, esta presente Comissão solicita imediatas providências as Autoridades competentes para que se tenha início a Reforma da Escola e o atendimento deste nosso apelo, nada mais do que um Direito, constitucionalmente garantido!
Sem mais,

Comissão de Reforma
EE Jornalista Francisco Mesquita
São Paulo, 12 de Fevereiro de 2007
______________________________________
VEJA FOTOS DA ESCOLA NOS HISTÓRICOS ABAIXO.
Rodrigo Ciríaco

domingo, fevereiro 11, 2007

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DISCO RISCADO (elucubrações
sobre um disco rígido)

rodrigo ciríaco

CRIME: Menores assassinam casal de jovens
MÍDIA: Repetição consecutiva da notícia,
Sensacionalismo não investigativo
ECA: Internação de três anos como limite estabelecido
KU KLUS KLAN: Redução da Maioridade Penal
DH: - É preciso investir em educação
adotar medidas de programas sociais de integração e inclusão,
como teatro, esporte, cinema,
palestras, reuniões com pais etc.
PÓS-COMOÇÃO: Nenhum ATO efetivo

CRIME: Escolas Públicas há três meses sem professores
MÍDIA: Não considera notícia
ECA: Não é recordado
KU KLUS KLAN: Não se importa, há escola particulares
Para seus filhos
DH: É preciso que o Estado invista em Educação
Saúde, programas sociais de integração e inclusão.
PÓS-DEPRESSÃO: Nenhum ATO efetivo

CRIME: Menor participa de assalto que arrastou menino
MÍDIA: Repetição consecutiva da notícia,
Sensacionalismo não investigativo.
ECA: Internação de três anos como limite estabelecido
KU KLUS KLAN: Redução da Maioridade Penal
DH: - É preciso investir em educação
adotar medidas de programas sociais de integração e inclusão,
como teatro, esporte, cinema,
palestras, reuniões com pais etc.
PÓS-COMOÇÃO: Nenhum ATO efetivo

CRIME: Escolas públicas deterioradas, sem condições de ensino
MÍDIA: Não considera notícia
ECA: Não é recordado
KU KLUS KLAN: Não se importa, há escola particulares
Para seus filhos
DH: É preciso que o Estado invista em Educação
Saúde, programas sociais de integração e inclusão.
PÓS-DEPRESSÃO: Nenhum ATO efetivo

CRIME: __________________________________
MÍDIA: __________________________________
________________________________________
ECA: ____________________________________
KU KLUS KLAN: ____________________________
DH: _____________________________________
_________________________________________
PÓS-COMOÇÃO:
PÓS-DEPRESSÃO: Nenhum ATO efetivo

sábado, fevereiro 10, 2007

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Sala de Aula alagada - detalhe "PAZ"

Infiltrações, paredes e lousas emboloradas.

Detalhe do teto - ausência de lâmpadas, risco de curto-circuito e queda

Corredor molhado - risco de acidentes

Detalhe do interior das salas

Sala molhada, carteiras alagadas. Quer estudar aqui?
Estas são imagens da minha escola (ESCOLA ESTADUAL JORNALISTA FRANCISCO MESQUITA), Vila Cisper, Zona Leste de São Paulo. As fotos foram tiradas nesta quinta-feira, 08 de fevereiro de 2007, após um dia de chuva.
OS ALUNOS RETORNAM DAS FÉRIAS NESTA SEGUNDA-FEIRA.
Das 18 salas de aula, 07 tiveram que ser desativadas pela Escola, para não colocar em risco alunos e docentes.
Um pedido de reforma para a escola foi feito há mais de 03 ANOS. Em novembro do ano passado, após concurso e licitação, foi publicada a autorização no Diário Oficial de Nov/06. TRÊS MESES, FÉRIAS E INSISTENTES PEDIDOS DEPOIS, NINGUÉM APARECEU NA ESCOLA.
Segunda-feira foi convocada uma reunião de Pais e Mestres. Uma Comissão para apurar e acompanhar a reforma foi instaurada.
Bem, por enquanto é isso. Observem bem as imagens, elas falam por si.
REVOLTANTE. E depois da barbaridade que aconteceu no RJ, "autoridades" dizem que é preciso investir em Educação, prevenção. Como? Assim?
Pro inferno.
R.C.

VIOLÊNCIA NA ESCOLA - II

Sala e carteiras molhadas - danificação do patrimônio Público

Mais uma sala totalmente alagada

Corredor de acesso as salas sem TELHA

Estado da Quadra - risco de queda de telhas e acidentes

Ausência de proteção lateral - risco de acidentes

Banheiro dos PROFESSORES - ausência de lâmpadas, goteira permanente e interruptor lacrado - risco de CURTO-CIRCUITO

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Prestes Maia


Para onde vão as 468 famílias ?

Sobre o Edifício Prestes Maia:

- O imóvel esteve abandonado por 17 anos;
- O local acumulava ratos, baratas e lixo;
- Era ponto de tráfico de drogas;
- O proprietário deve mais de R$ 05 milhões de reais em IPTU;

- Foi ocupado em novembro de 2002;
- O MSTC retirou 300 caçambas de lixo;
- Acabou com o tráfico;
- Deu moradia a 468 famílias
- Trabalhadores(as) da região central;
- Abriga no prédio 315 crianças;
- 380 adolescentes;
- todos matriculados em escolas da região.

O prefeito apoia o proprietário-devedor e pretende, junto ao Governo do Estado/PM, executar a decisão judicial de DESPEJO até o dia 04 de março de 2007.

Para onde vão as 468 famílias?
Para onde vão as 468 famílias?
Para onde vão as 468 famílias?
saiba mais informações sobre a Ocupação Prestes Maia nos links:

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

AÇÃO CULTURAL - Apoio aos Moradores do PRESTES MAIA

"Dignidade" - Antonio Brasiliano, em frente ao Ed. Prestes Maia.


Ação Cultural - Acampamento da Prefeitura / PRESTES MAIA

Ato em Apoio ao acampamento montado em frente a Prefeitura pelo MSTC/Ed. Prestes Maia (mais infos. abaixo).

Música - Poesia - Capoeira - e-o-que-mais-der-na-telha!

Compareça:
VIADUTO DO CHÁ
Quinta-feira, 08 de fevereiro
15:00hs, ao lado do Acampamento, na Prefeitura.


Traga a sua presença!

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Carta aberta do
MSTC – Movimento Sem Teto do Centro

Excelentíssimo Senhor Prefeito da Cidade de São Paulo
Dr. Gilberto Kassab”


Somos moradores do Edifício Prestes Maia, 911 e ao todo constituímos um grupo de 468 famílias. Neste local vivemos, trabalhamos, nossos filhos freqüentam a escola e ainda constituímos uma biblioteca com acervo de 15 mil livros.

Somos, ainda, mais 140 famílias pertencentes ao Programa Bolsa Aluguel e Locação Transitória e que juntos, somamos aproximadamente 4.000 pessoas (crianças, idosos e trabalhadores em geral ). Sob ameaça de despejo.

Para nós, famílias do Edifício Prestes Maia, o Juiz insiste no “despejo”, porque a COHAB desistiu da desapropriação do imóvel.

Não entendemos essa decisão da COHAB, pois o proprietário deve 5.800.000 (cinco milhões e oitocentos mil reais de IPTU), quase o valor do imóvel.

Já, nós, famílias do bolsa aluguel e locação Transitória, estamos com os contratos vencendo em fevereiro e março deste ano e a COHAB nos informou que estes não serão renovados. Isto contraria a lei..

Isto significa que nossas famílias serão jogadas na rua e que esta decisão da Prefeitura representa, para nós e toda a sociedade brasileira, uma grande desgraça!

È como se abrisse uma grande CRATERA sob os nossos pés, é como se fossemos sugados por um imenso buraco, sem saída e sem socorro para nossas vidas!

Por isso, senhor prefeito, estamos aqui.

Queremos uma audiência com o senhor para encontrar uma saída Digna para nossas famílias.

Precisamos que os contratos do Bolsa Aluguel sejam renovados e que nossas famílias do Edifício Prestes Maia sejam atendidas em outros projetos até que o imóvel seja desapropriado , transformando em moradia popular, atendendo a sua função social. Assim senhor Prefeito, podemos evitar o aprofundamento da imensa CRATERA SOCIAL existente no BRASIL.

São Paulo, 05 de fevereiro de 2007


MSTC – Movimento Sem Teto do Centro
Ivanete de Araújo – Coordenadora
Cel. 8915.5867