sexta-feira, março 15, 2013

LITERATURA SEM FRONTEIRAS - MONDO INFOSHOP, BOLOGNA - QUINTA, 14/03




Ontem a noite aconteceu a primeira, das várias atividades que estão previstas por estes dias em terras européias.

No momento estou na Itália, na cidade de Bologna. Faz frio, bastante frio, algumas vezes chove é incomodo ficar pela rua. Principalmente se você não estiver muito bem agasalhado.

Trata-se de uma cidade histórica, com muitos prédios e ruelas medievais. Próximo ao centro, são permitido circular apenas táxis e ônibus.

Bom, na livraria contei com o apoio de Matilde Viani, colaboradora das Editions Anacaona e tradutora do “Eu sou favela” para o Italiano (Io Suono Favela). O que aconteceu foi mais uma apresentação da cena periférica em São Paulo nos últimos anos, principalmente com o movimento dos saraus. A organização das atividades nas periferias, as temáticas das escritas, origem do movimento e outros. Fiz a interpretação de um dos meus textos (A.B.C.), com leitura em italiano depois, e recitei “Periafricania”, do Z’África Brasil.

A galera curtiu muito a “performance” sobre os textos. Fico lembrando de outros monstros que se apresentam e, que se estivessem aqui, como arrebentariam.

No mais, estou apresentando meu trabalho. Conhecendo as pessoas, cidades. Mostrando a força de nossa organização, a importância de nosso trabalho na quebrada, que para mim, além de referência, tem pouca semelhança em outros lugares do mundo – em que circunstâncias 100, 200 pessoas reúnem-se, sistematicamente, semanalmente ou mensalmente por conta da literatura? Sim, nós somos fascinantes.

E quero atuar como um mediador, alguém que colabora em fortalecer espaços, manter as portas abertas. E que venham outras pessoas importantes dentro da literatura marginal-periférica. Ainda somos poucos por aqui. Passando por aqui. Temos voz, textualidade e qualidade. E temos o mundo inteiro pela frente.

Hoje, L'Associazione Griò di Bologna, para batepapo, troca de ideias. Amanhã, vou para a cidade de Schio, atividade em outra livraria. E seguimos.

Grazie.

P.S.: ainda não vendi nenhum dos meus livros, mais já comi pizza e pasta, o que valeu – rs.



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