feriado? pra quem? quem disse que feriado serve pra descansar? você? vovô? cê viajô, jão?
eu tô cheio de trabalho. muito. desde não sei quando que eu não descanso. porque o barato não para. nem nos finais de semana, nem nada. mas, não tô reclamando. de maneira alguma. estou apenas compartilhando como está o processo final de produção do meu livro.
tá dando trabalho a criança. correria, encontros, discussões, reuniões. e alegrias. porque eu tô começando a rir da dor. tô começando a ler meus contos, aqueles que eu fiz com um puta dum sofrimento, uma puta duma angústia e, estou começando a rir deles. não de todos. nem das personagens, da situação que é trágica. mas é aquilo: a linha que separa a tragédia da comédia é tênue. mas, não é sobre essa teoria que eu quero prosar aqui.
só pra constar: quarta-feira foi leitura do livro. a nonagésima quinta. buscando o melhor lugar para os pontos, para as vírgulas; tentando decifrar a melhor palavra, a melhor frase. cortando os excessos ("menos é mais"), pensando na disposição das fotos, nos encontros. pensando sobre o que eu quis dizer com esse livro. todas estas paradas. quinta-feira, altos papos com o allan. o da rosa. acertando detalhes, organizando a reunião. sexta foi suave. é, sexta foi tranquilo.
ontem o bang foi lôco.
sentei com os caras da toró - silvio e allan - as onze da matina em frente ao micro. só levantamos, literalmente, as sete da noite. oito horas diretas na frente do computador. revisando página por página, vírgula por vírgula - as vírgulas principalmente, pois usamos uma fonte diferente e, no caso das vírgulas, todas tiveram que ser trocadas -, aspas, traços, textos, agradecimentos. ahhhh! depois, as fotos. aí foi pau - rsrs. três caras, com três opiniões diferentes. o silvio tava pensando numa parada. o allan em outra. eu, concordando e discordando com ambos, em alguns pontos, e pensando em outra. tensão. pensar, pensar. até descobrir a melhor forma. o processo criativo é chapado.
aliás, esses dois irmãozão são chapados. o livro tá ficando lindo. de verdade. acho que é coisa de "pai" da cria mesmo, sabe? mas, tá ficando lindo. falei pra eles: "é o livro mais lindo da toró". "falô - rsrsrs". eles deram risada. mas, é verdade. pra mim é. porque eu não estou vendo apenas a beleza estética, poética do livro, mas estou vivenciado a beleza produtiva, acompanhando, sugerindo, cedendo cada detalhe, cada traço. e é muito bom.
não sei se vou ter a oportunidade de lançar outro livro. não sei se vou escrevê-lo. querer eu quero mas, escrever por escrever também não é minha praia. enfim. mas, se fosse produzir outro, gostaria que fosse algo parecido com o que estou vivenciando com os parceiros da toró. acho que são poucos escritores que tem esse privilégio.
bom, se tudo der certo, amanhã eu já mando os convites. ajuda a divulgar?
cê vai estar presente? ó, vai ser lindo.
r.c.
p.s.: ah, ainda não acabou. daqui a pouco eu vou sentar de novo com os caras. o livro ainda não tá pronto. talvez, mais umas doze horas de trampo direto sobre ele resolva isso.
6 comentários:
Pode crê, Rodrigo!
Me identifiquei com seu texto , a gente ta num trámpo mil grau por aqui também , terminamos ontem , agora só falta os ultimos detalhes e esperar a parteira, nesse caso vamos até a casa dela (a grafica . rsrs).
Um abraço
Axé nas correra !!
Michel
Literatura marginal é o que há desde que me descobri adolescente, viciado em leitura e li " Capão pecado" percebi que é minha praia... agora ja tenho mais um blog para visitar.
quando eu crescer, quero ser que nem vc: um escritor.
salve, michel.
A caminhada é dura. Mas, cê tá ligado, vale a pena, né não?
Grande abraço,
salve, zek. valeu. volte sempre, mano.
denise,
pior de tudo que eu nem cresci
nem me considero escritor - rs.
mas, valeu.
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