Sempre tive problemas na escola. Principalmente quando me tornei educador. E meu problema maior não eram com os alunos. Mas com alguns ditos "professores e professoras" que não faziam valer o salário e o título que recebiam.
Sala dos professores sempre foi um ambiente muito complicado para mim, muitas vezes. Nunca gostei do "shopping", nunca gostei do ambiente de conchavos e fofocas que muitas vezes se instalava; nunca aceitei que o principal problema da educação, da escola fossem os alunos. Fosse a família, a sociedade. Nunca aceitei que nós não fizéssemos também parte do problema. Nunca passei pano para uma autocrítica, que dirá colocar na roda a "categoria". Nunca aceitei título de santo.
E agora, sinto dizer que tenho vergonha de alguns professores. Que estão no cargo de coordenadores, diretores, dirigentes. E que se colocam contra um movimento estudantil que, legítimo e importante, está fazendo o que nós, professores e professoras, muitas vezes não conseguimos nas últimas duas décadas: expor os absurdos e contradições deste Governo, principalmente na educação. Deveríamos dar as mãos para estes jovens, adolescentes. Assumir as responsabilidades lado a lado. E não - mais uma vez - abaixar a cabeça ao governo e "cumprir às ordens", como se não fosse com a gente. Como se não tivéssemos nada a ver com isso.
O movimento é estudantil. O comando é estudantil. Nosso papel enquanto educadores e educadoras é apoiá-los. Não bater de frente. Não ameaça-los. Não fazer o jogo sujo do governo que está se cagando de medo de ter que voltar atrás em sua decisão arbitrária, autoritária e reconhecer a derrota.
Todo apoio e solidariedade às #ocupações nas escolas.
#EuAcreditoÉNaRapaziadaNaMoçada
#OcupaEscola #NãoReorganização #BoicoteSaresp
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