Rodrigo Ciríaco, mandando A.B.C.
Apresentação de documentário sobre sarau
Natanael Alves, na conteção
Monica Alves
Ni Brisant
Nosso público da quebrada
Linha do Tiro, de Marcelino Freire
Renata de Andrade
Cortejo Final
Apresentação da galera.
MESQUITEIROS NA ARGENTINA
APRESENTAÇÃO – FERIA INTERNACIONAL DEL LIBRO – Buenos Aires
A cidade de São Paulo foi a cidade homenageada na 40ª Feira
Internacional do Livro de Buenos Aires. Vários autores da cidade estiveram
presentes, mas a grande delegação veio dos saraus das quebradas. Dezessete grupos
convidados, mais de 100 poetas, escritores, artistas estiveram presentes nas
duas semanas da feira.
O sarau dos Mesquiteiros fizeram parte do grupo que esteve
por lá na segunda semana, ao lado dos saraus Elo da Corrente, Brasa, O que
Dizem os Umbigos?!, Marginaliaria, Perifatividade, Utopias e Quilo
(Quilombaque). Tivemos atividades todos os dias da feira, seja no stand ou seja
em outros locais na qual através da professora e pesquisadora Lucía Tennina foi
estabelecido contato com a Universidade de Buenos Aires, localizada dentro do
presídio de Devoto, os bairros de PiedraBuena e Villa 31, além da Cazona Del Flores,
entre outros.
Nossa apresentação no stand da feira aconteceu na sexta, dia
10 de maio, as 18hs. Os Mesquiteiros estavam representados por Rodrigo Ciríaco,
Monica Alves, Renata de Andrade, Natanael Alves, Vanessa Freitas e Ni Brisant,
parceiro do Sobrenome Liberdade e que somou com o bonde nesta viagem.
A apresentação dos Mesquiteiros duraram 40 minutos. Iniciamos
os trabalhos apresentando um pouco da história do sarau, onde e como ele é
realizado, a especificidade do trabalho ser feito dentro de uma escola. Mostramos
ainda um vídeo, de cerca de 03 minutos, que conta um pouco da história de nosso
sarau e iniciamos o mesmo, da mesma forma que sempre fazemos na escola: com
cortejo e muito barulho, para carregar a bateria, a energia e a nossa voz.
“QUEM NÓS SOMOS? MESQUITEIROS!”
Na sequência do grito de guerra, a platéia foi bombardeada
por uma sequência de rapidinhas. Poemas de Ni Brisant, Rodrigo Ciríaco, Victor
Rodrigues, Thiago Peixoto entre outros foram recitados. Depois, cada um dos
Mesquiteiros mandaram seu verso. Renata de Andrade emocionou parte da platéia
com a declamação do conto “Maria”, que conta a história de uma mulher
injustiçada acusada de matar a própria filha colocando cocaína na mamadeira e
brutalmente espancada na cadeia – lembrando muito os recentes linchamentos
públicos.
Duas esquetes foram apresentadas: “Linha do Tiro”, baseado
no conto de Marcelino Freire e “A.B.C.”, baseado no conto de Rodrigo Ciríaco. E
para encerrar o sarau, ao final de toda a apresentação e agradecimentos,
levantamos o coro ao som dos tambores:
“Não é mole não:
Tem dinheiro para a Copa
Mas não tem para a Educação”
Lembrando da greve dos professores da rede municipal em São
Paulo, marcada pela intransigência da Secretaria Municipal de Educação, em não
negociar, e da Prefeitura, manipulando as informações junto a mídia.
Feliz demais com o nosso trabalho, nossa apresentação e
viagem. Feliz ainda porque, como lembramos várias vezes, os Mesquiteiros
surgiram de um projeto realizado dentro de uma escola pública, na periferia de
São Paulo. Sem grande pretensões, sem grande objetivos que não fosse
compartilhar a paixão pela leitura, pela literatura. Tratá-la como arte e
linguagem, e construir bons momentos juntos a partir de tudo isso.
Hoje, sentimos que este sonho foi realizado. E mais:
alcançou horizontes não antes imaginados, como a criação de um selo editorial
próprio, o desenvolvimento de um concurso literário para jovens e adolescentes
e agora: a oportunidade de fazer uma viagem internacional, levando dois de
nossos jovens mais antigos no trabalho: Vanessa Freitas e Natanael Alves.
Sim, sonhar não apenas é possível. Hoje para nós é concreto.
Um por Todos, Todos por Um
Mesquiteiros
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