quinta-feira, agosto 14, 2008

REZA

Chega de beber o defunto
Chega de choro e de vela
Risca a faca que a vingança está acesa
A fala silenciada não aceita mais ficar presa

Momentos de dor eu vivi, mas tá firmão
Foi importante eu cair para ter uma outra visão
Dos sanguessugas macabros se fingindo de mocinhos
Maquinando as maldades pra garantir os seus domínios
Fui ferido em combate mas agora não estou mais
Cicatrizei as feridas pra não garantir esta falsa paz
Quem deve que trema, já dizia um certo amigo
Todo amor a quem nos liberta, “todo ódio a quem nos faz oprimidos”

Chega de beber o defunto
Chega de choro e de vela
Risca a faca que a vingança está acesa
A fala silenciada não aceita mais ficar presa

Odeio vítimas que respeitam seus carrascos
Esta frase eu li no banheiro quando estava cagado
Entendi e aprendi que não basta reclamar
É preciso postura, atitude, pra mudança alcançar
Os ricos estão soltos, com vida luxuosa e bela
Controlando o poder, a política, a polícia e a vida de suas donzelas
Trabalhadores vivem presos, ao mínimo e ao patrão
Greve, lutas por direitos são motivos pra chamar o camburão
Crianças nas escolas não aprendem a ler e escrever
Enquanto diretores e professores fazem sua inscrição pro BBB
Você pode até achar que estou falando demais
Mas se liga, faço relatos apenas de histórias reais
Aquelas que tive contato quando vivi dias de cão
Quando médicos e hienas pisaram nas minhas feridas e riram da minha situação

Por isso
Chega de beber o defunto
Chega de choro e de vela
Risca a faca que a vingança está acesa
A fala silenciada não aceita mais ficar presa

E pra finalizar, se não concorda com os meus argumentos
Faça algo útil com a sua cabeça: vá estimular seus pensamentos

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