salve, rápa.
ontem aconteceu a minha leitura e bate-papo na "A Livraria", uma livraria especializada em literatura portuguesa e brasileira aqui em Berlin. como havia dito antes, por intermédio, contato e organização da Ingrid, consegui agendar esta atividade com eles. e foi chapado. muito, muito bom.
primeiro, estava muito apreensivo no dia. sentei com Ingrid, preparamos a leitura já que ela faria a tradução. ao longo do dia esta um pouco ansioso, concentrado, não sei exatamente por que. talvez pelo desejo de querer que desse certo, mas estar um pouco em dúvida. afinal, estou em terras estrangeiras.
chegamos vinte minutos antes do horário combinado, as 19hs. o local já estava arrumado, Ednei, um dos proprietários da A Livraria presente. e mais ninguém - rs. pelo menos de pessoas que iriam assistir. e foi assim até quinze, até dez para as sete. e eu, quase suando frio, que não ia vir ninguém, que ia ser um fiasco, e pensando "e quem eu tô pensando que eu sou? que é só assim, vir aqui, chamar as pessoas, divulgar que elas vem?"
e foi mais ou menos assim. a partir das cinco pras sete foi chegando, chegando e, até as quinze pras oito, chegaram mais algumas pessoas. atrasadas. adivinha quem eram? brasileiros - rs. brincadeira, estou fazendo esta piada pois rolou uma boa sintonia entre nós.
a idéia era fazer algo em torno de uma hora. trinta minutos de leitura, trinta minutos de bate-papo. tudo em duas línguas: português e alemão. separei quatro contos: A.B.C., A Placa, Questão de Postura e Miolo Mole Frito (todos aqui no Blog). Ingrid fez a tradução dos últimos três. o tempo deu certinho. depois veio o bate-papo. 30 minutos, 40 minutos, 50 minutos xiiii... estouramos o tempo. durou uma hora.
isso o bate-papo oficial. pois depois teve o "oficioso", regado a um bom vinho servido pela A Livraria e o de Botequim, já que parte da galera foi para o Botequim Carioca, bar estilo botecão mesmo aqui no coração de Berlin. enfim, meu bate-papo terminou as três e meia da matina, eu tendo que dormir na casa de Ednei, que gentilmente me cedeu um colchão...
e aí, você acha que foi bom?
bão demais... eu gostei muito. fiquei feliz com o resultado, porque aqui represento não apenas o "Brasil", mas principalmente as minhas quebradas. fazer bonito era necessário para manter abertas as portas abertas por outras pessoas da literatura marginal/periférica, por exemplo Ferréz.
e fisicamente eu estava "sozinho" - não totalmente pois tinha o suporte da Ingrid - mas não tinha presencialmente a rápa. mas espiritualmente trazia em mim canalizado a energia de todos que correm comigo, que torcem por mim e por este movimento. pois se eu cheguei até aqui não foi sozinho. jamais.
a galera curtiu bastante. conversamos sobre saraus, movimento literários, educação, escola, política, e um pouco mais. uma coisa que curti ouvi é que algumas pessoas, além de comprarem livros para elas, estavam levando para outras, principalmente aquelas que normalmente não gostam de ler. ou seja, meu livro seria uma provocação para a pessoa ler algo interessante. lôco, lôco, só progresso.
depois, quando levantei as dez, tomei café com Ednei e sua esposa e filha, fomos a uma espécie de Mercado Municipal daqui e vim embora. feliz da vida, pois ontem foi meu dia.
agradecimento especial a Ingrid, por organizar o encontro na A Livraria, por proporcionar a oportunidade de eu estar aqui. A Livraria por ceder o espaço, sem me conhecer, sem conhecer profundamente o meu trabalho ou seja, arriscando, mas bancaram. da hora. só de pensar que além do ferréz, ruy castro, ignácio de loyola brandão e vários outros escritores luso-afro-brasileiros já sentaram naquele mesmo banquinho, senti a responsa da caneta e orgulho. lindo.
no mais, chega de palavras. vamos a imagem aí embaixo. dá pra curtir um pouquinho do que foi, do clima. é nóis.
r.c.
Rodrigo Ciríaco - rs
Ingrid Hapke
brazuca na área
público
público
e público...
descontração
risos
seriedade também
parte da galera que assistiu e interviu
sandras
comprou livro para o namorado
jasmim: vai comprar - rs
paulista que vive em Berlin e Brunela, amiga dos tempos da facul
Bjoern - fez as fotos -, eu, Ingrid e Mathias - uma hora e meia filmando,
valeu cara!
botequim carioca
bom, bom
sandra e benicia
mathias
tipo mercado municipal
a pequena Eliane, filha de Ednei e Cátia
Ednei, proprietário da A Livraria
valeu.
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