este final de semana entrei em contagem regressiva com o meu grupo de teatro. é que no sábado demos início as nossas três últimas apresentações. uma coisa boa, pois estamos em clima de final de ano, cansado, os alunos precisam descansar também, viajar; eu preciso finalizar algumas coisas da escola, notas, diários, entre outros. preciso voltar a escrever: contos, esquetes, a cabeça a mil, fervilhando, mas o ruim é que já está deixando saudades. essa turma me fará falta.
os Mesquiteiros continua no próximo ano. mesma bat-escola, mesmo bat-horário. mas o grupo não será o mesmo. outras pessoas virão. alguns, irão partir. "tem gente que chega pra ficar. tem gente que sai pra nunca mais. e assim, chegar e partir, são só dois lados da mesma viagem." mas está tudo certo.
sábado fizemos uma apresentação MA-RA-VI-LHO-SA. apesar do público pequeno - 17 pessoas - eram pessoas muito próximas, familiares, amigos nossos que acolheram muito bem a peça e nos afagaram com seus risos, sustos, lágrimas e claro: aplausos. muitos aplausos. estávamos precisando disso. desse acolhimento. desse carinho, desse aconchego.
sábado foi um dia muito especial também pois descobrimos que, apesar de apresentarmos na Benedito Calixto e seu público "requintado", apesar de apresentarmos no CEU Quinta do Sol, com toda a sua estrutura, som, iluminação e beleza, NÃO HÁ LUGAR MELHOR PARA APRESENTAR DO QUE A NOSSA ESCOLA. o lugar onde nascemos, onde crescemos, ensaiamos, choramos. o espaço em que conhecemos cada pedra, cada buraco. não há lugar melhor pois não há lugar que nos faz nos sentir tão verdadeiros, tão entregues, tão em casa. com o público ali, próximo, sentindo o ar que sai dos nossos pulmões, nosso suor, gritos, choros. é tudo muito intenso. dá pra cortar a faca a densidade que paira no ar. "foi bonito a festa pá, fiquei contente."
quem não foi assistir na escola, só lamento.
ontem foi a nossa última apresentação por lá. o encerramento. chegamos cedo, ajeitamos bem o espaço. fizemos alongamento, exercícios, jogos, relaxamento. lanchinho. e depois, a espera do público. que chegou em peso. ontem, a casa lotou. e novamente, a galera da comunidade. familiares, amigos, alguém que estuda no Mesquita. além da visita ilustre da minha nova parceira Monica Cardim, que fez um registro fotográfico especial para nós, em breve no blog. Monica, obrigado. precisando, é só chamar...
e a apresentação foi excelente. a altura da estréia que, até agora, tinha sido o nosso melhor dia. alunos afinados, afiados, textos decorados. emoção, coração, estômago e profissionalismo. tudo isso na menoridade. na melhor idade. essa molecada vai longe. looooooooooonge....
já disse e repito: tenho muito orgulho deste grupo. destas meninas e menino.
a única coisa chata, necessário de ser registrada, é a falta de apoio da Escola. mais especificamente do corpo DOCENTE da escola. na EE Mesquita há mais de cem(100) professores, atuando nos três períodos. e nem 10% foi prestigiar a peça, ter a oportunidade de observar o aluno de uma outra maneira. triste, muito triste.
demonstra a preocupação deles com a quebrada, com a escola, com os alunos. comigo, com o meu trabalho. o incentivo é bárbaro.
mas não tem problema. já ganhei boa parte dos alunos e alunas, meus companheiros de luta. estou ganhando, aos poucos, a adesão de pais e da comunidade. eu preciso mais de quem, tendo essas pessoas ao lado?
nem Cristo agradou a todos. seria muita pretensão minha...
e quem não assistiu, amanhã, terça-feira, as 20hs, ÚLTIMA APRESENTAÇÃO NA AÇÃO EDUCATIVA - Rua General Jardim, 660 - Vila Buarque.
e quem for (coo)periféric@ e não for assistir, não é mais meu amigo.
e eu tô falado sério.
aquele abraço.
r.c.
Nenhum comentário:
Postar um comentário