segunda-feira, junho 15, 2009

RENASCENDO DAS CINZAS

Alguns me perguntam como eu estou, por onde tenho andado. Agora estou melhor. Tenho andado por aqui, em ziguezague no corredor da minha casa (apê), enclausurado sobre o sofá da minha sala. A minha porta de entrada é a minha prisão, e não há saída. Por dias estive dentro de um casulo sem ver luz, sem sentir quase o ar, sem perceber os sinais e os toques das pessoas. Os toques dos meus dedos sobre o teclado. Nem me lembro a última vez que escrevi - algo que eu realmente gostasse. Mas estou melhorando. Digo: estou saindo do casulo. Há ainda uma espécie de musgo, uma gosma sobre mim. Não quer desgrudar, mas estou me libertando. Quem sabe logo mais não viro borboleta e saio por aí voando. Não sei. Tenho mais tendência para morcego. Beber sangue, voar na jugular. E quer saber: tô com uma sede danada...

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