quinta-feira, maio 07, 2009

MELHOR IMPOSSÍVEL (?)

Não sei. Sei que tirando algumas coisas ligadas ao coração, que encontra-se em fase de reconstrução, esta semana esta sendo muito, muito boa. Como há tempos eu não tinha em minha vida. Pois bem, eu acho que o cara lá de cima mandou uma tempestade braba tempos atrás só para agora tacar a bonança. É, dizem que Ele escreve certo por linhas tortas. Vai ver que é isso.

O barato mais que lôco começou na segunda. Cinema na Laje. Na tela, os Panteras Negras. Numa roda de conversa, GOG, Sérgio Vaz, Rose Dorea, Prof. Lu, Brau Mendonça, Jairo, Cocão, Preto Will, Casulo, Renato Vital, De Lourdes, Du Toledo, Crônica (A Família), Márcio Batista, B Valente e outros guerreiros e guerreiras, da mais fina qualidade, batendo um papo-sério numa noite fria de SEGUNDA-FEIRA, até as onze e meia da noite. Periferia, família, humildade. União, discurso, organicidade. Teoria e prática. Poesia, política. Etecetera.

Noite mágica, conversa afiada. Meus pensamentos tão trocando uma idéia até agora.

Terça-feira, outro dia especial. Fui com os meus alunos no Centro Cultural Banco do Brasil, no centrão. Passeio lôco, mais de trinta alunos, rodando pelo Centro da cidade e, maior paz, tranquilidade, nenhum xabú. Muitos alunos não conheciam o coração da cidade, então, quebramos o protocolo e fomos dar um rolê pela Praça do Patriarca, Viaduto do Chá, Vale do Anhangabaú e Teatro Municipal antes de começar a incursão pelo CCBB propriamente dito. Lá dentro, uma exposição sobre contos de fadas que vale a pena ser visitada. Na volta, só sorrisos, lanches e muita alegria.

Quarta-feira, meu aniversário. Recebi mensagens, telefonemas, bolo em família. União que há muito tempo não acontecia. Fiquei feliz. Principalmente com um presente que não tem valor: as felicitações dadas pelos meus alunos das Quintas séries. Aqueles mesmo que eu me descabelo vez em quando, grito, esperneio, converso, olho nos olhos, chamo de canto e por aí vai. Ganhei um cartão tão bunitinho de uma aluna que os meus olhos mareiam até agora quando lembro.

E depois, a Cooperifa. O santuário da poesia. O Robson Canto (que dessa vez não deu cano) lembrou do meu aniversário em público. O Dill, leu um poema do Ze da Luz, e ofereceu para mim e para a Dona Edith. O Marcelino (!) disse que foi lá, entre outras coisas, pra bebericar o meu aniversário. O que eu queria mais? O parabéns, comemorado ao lado do meu irmão Jairo. Tudo lindo. Festa inteligente.

E hoje? Putz, hoje foi foda. Quase que o coração não guenta. Dos olhos não escorreram lágrimas porque já chorei muito por estes dias que se passaram. A carga de lágrimas está enchendo, aguardando as próximas ventanias. Mas, o dia bonito, para não se esquecer. Só pra ter idéia, até hoje eu nunca havia ganhado uma festa surpresa. Sempre quis ter, pra ver como é o sentimento, o susto, como seria a minha reação. E por falta de uma, foram duas.

Primeiro, foi de manhã. Os alunos da minha sala de coordenação. Preparam o bolo, a coxinha, o pão com presunto e queijo, o mousse de maracujá, o brigadeiro, o beijinho. Quer mais? Que tal um cd com fotos e música, exibido em um telão, com direito a choro e declarações? Pois foi assim. E eu não chorei. Mas teve aluna que chorou. Até os marmanjões, máscara de valentões encheram os olhos de lágrimas. Foi bonito. Saber que algumas pessoas reconhecem o trabalho. Principalmente, das pessoas mais importantes: os meus alunos.

E ainda depois, a tarde, OUTRA festa surpresa. A turma do teatro. Confesso que na turma da manhã, eu não sabia, mas estava desconfiado de alguma coisa. Agora, a tarde, depois de uma festa surpresa de manhã, outra festa? Me pegaram de jeito. Um jab no queixo. E eu quase fui pra lona. De felicidade. Mais salgadinho, refrigerante, bolacha e bolo. Caras e dedos lambuzados. E eu com um sorriso no peito, quase não me aguentando. Só desejando que esse dia não acabe. Que as horas não passem. Que eu não acabe na frente de um computador escrevendo os meus relatos em casa. Sozinho.

Mas estou bem. E queria dizer, obrigado. A quem desejou parabéns, a quem esqueceu. A quem me quer bem, a quem não me quer. Para todos, desejo tudo em dobro. É assim que é. E valeu.

Com o coração em chamas e a alma em êxtase,

Ciríaco.

P.S.: logo mais no final de semana eu posto as fotos destes dias...

5 comentários:

Anônimo disse...

Esqueceu de falar do meu presente mancada!

canto

Mariana disse...

E depois daquele dia que caí de pára-quedas no seu blog, confesso que de vez emquando passo por aqui. Sempre gosto. Parabéns pelo aniversário e pela humildade sempre presente nos textos.

Abraço.

r.c. disse...

É pq eu adorei, Canto - hahaha
Abraço

r.c. disse...

Oi, Mariana. Volte sempre. Abraço

Lira. disse...

eu esqueci (acho que nunca soube na real) e te quero bem.

e fico feliz pela turma de teatro... faz tempo que não conversamos.

beijo de longe.