Ontem, 30 de outubro, estive em Brasília (DF), participando da oficina de discussões Leitura e Escrita de Qualidade para Todos.
O evento aconteceu na ENAP, Escola Nacional de Administração Pública, importante instituição no Distrito Federal responsável pela formação nas áreas de políticas públicas, e foi organizada pelo Instituo ECOFuturo, em parceria com Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) entre várias outra entidades da sociedade civil.
Entre os presentes, cabe ressaltar representantes do Instituto Ayrton Senna, Paulo Montenegro, Fundação Biblioteca Nacional, Fundação SM, algumas editoras, Canal Futura, Ação Educativa, MEC, MinC, Todos pela Educação entre vários outros. Era o único presente que de certa forma representava a categoria dos professores do ensino fundamental e médio, além dos movimentos de literatura marginal-periférica de São Paulo.
Considerei muito importante também a presença do José Castilho, um dos principais responsáveis pelo Plano Nacional do Livro e da Leitura, o PNLL, que está em votação na Câmara para se tornar lei, algo muito importante de ser estudado e aprofundado.
A discussão e o debate entre os presentes girou em torno de 06 temas: 1) Importância da Leitura, 2) Produção Literária, 3) Indústria do Livro, 4) Bibliotecas, 5) Gosto e capacidade de leitura e 6) Maior e melhor utilização dos livros disponíveis. Nestas mesas setoriais foram feitos levantamentos e questionamentos a partir de perguntas disponíveis de acordo com o tema, e proposição de intervenções, ações como políticas públicas para fortalecer cada um destes.
Particularmente, a minha participação foi extremamente importante para ter uma noção maior da importância da leitura, escrita e da literatura, enquanto projeto de desenvolvimento de país e de política pública, e para perceber que há discussões e interessem bem avançados e estruturados (se) debatendo sobre este tema já há bastante tempo, inclusive através do documento mais importante que é o Plano Nacional do Livro e da Leitura.
Enquanto educador, escritor e produtor cultural, integrante de um movimento de literatura marginal-periférica, achei de fundamental importância a necessidade que temos de nos introduzirmos e incorporarmos a este debate, pois já fazemos, na prática, a realização e desenvolvimento de atividades de incentivo a leitura e a produção escrita através da literatura. Mas precisamos também nos apropriar deste debate e nos aproximarmos destes outros atores que estão discutindo sobre estas práticas e políticas, seja o poder público, empresas, organizações não governamentais, editoras, bibliotecários. É um debate pertinente, importante que envolve a todos e necessita da presença de todos, principalmente educadores, escritores e ativistas culturais.
Fui a convite do ECOFuturo, espero ter a oportunidade de participar da continuidade destas discussões, até porque temos, a nível municipal, o debate sobre o Plano Municipal do Livro e Leitura, da cidade de São Paulo, além da ampliação dos trabalhos realizados pelo saraus, seja nas escolas e bibliotecas da cidade.
Sigamos.
Rodrigo Ciríaco
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