Carái, prussôr: putaqueopariu! Essa merda agora. Não se pode mais falá palavrão na escola. É de doê. E como é qui eu vô fazê? Quando quisé mandá alguém i si fudê? Tipo os cara lá, do Congresso. O Nacional. A prussôra pediu uma redação. Eu até achei legal. Usar um monte de palavrão. Sabe? Real na cueca, dólar na sacola, mensalão. Superfaturamento de obra, nepotismo, improbidade administrativa, formação de quadrilha, esquadrão. Carái, é animal. Essa robalheira toda. Fuderam com a pátria mais do que se fode na zona. Só zueira. Tipo a Danuza, cantando o hino nacional. Só falando besteira. Dizem que a mulher virou a musa. Do youtube. Um milhão de acesso, dá até pra paga pau. Mas voltando: vão tomá no cu. Querem controlar até o meu linguajar verbal. Porra, pra quê essa preocupação com o meu falá coloquial? Eu digo o que eu querê. Da maneira que eu quisé. E daí? É foda mêmo. Esses cara, fazendo nóis desacredita da política. Achar que o Brasil é um país sem saída.
Fala pros cara, prussôr: deixa de ser Zé-mané. Palavrão é fome. Desvio de verba da saúde, educação. Miséria, injustiça, corrupção. Palavrão é demagogia, hipocrisia. Fingi que na escola todo mundo fala bonitão. Avisa lá, prussôr: pra eles não se preocupá. Qui nóis tem noção. Nóis sabe empregá nos lugar que deve a melhor opção. Avisa lá: que tem hora que nenhuma palavra substitui um bom palavrão. Aproveita e manda esses cara não desvia o foco. Que tá na hora de se preocupá com as coisas que realmente importam. E se eles não ouvi, não avisa: manda. Todo mundo si fudê. Porque é assim que tem que sê. Alho por alho, dente por dente. Acabá com o fuzuê. Porque se palavrão no ouvido deles é osso não vai sê pimenta no meu cu que será refresco.
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