sexta-feira, setembro 11, 2009

SOBRE ESTES DIAS

sim, o blog anda sendo deixado um tanto quanto de lado. eu sei, eu sei. as vezes me sinto um pouco mal por causa disso. tem gente que diz que segue ele igual novela. imagina? apesar que eu acho legal, principalmente se a pessoa chegar no blog e deixar de ver a novela. por um tempo. sei lá. bom, mas é que eu to deixando aqui de lado pra cuidar de acá. sim, da minha vidinha. nada pessoal. quase nada. é que todo o tempo tô dedicando pra mim. assim. e tá sendo bom. é bom deixar algumas coisas de lado. pra se valorizar, ver o quanto faz falta.

não informo, mas continuo trabalhando. na escola, sofrendo. levando os sofrimentos dos alunos pro casa, pro sofá da sala, pros meus dedos frente ao teclado do computador. eu queria. ser sensível aos sentimentos, ao que passam os meus alunos e sair incólume. não sofrer. mas não tem jeito. rola uma transferência, saca. bom, faz parte.

só to puto ultimamente porque antes eram principalmente os homens que abandonavam as mulheres e crianças. agora são os homens e as mulheres, que abandonam as crianças. e não se trata de classe A, B, C, Y, Z. é um problema... bom: o buraco é mais embaixo. outro dia eu dichavo essa idéia aqui.

ontem tive o teatro. a gente tá num processo bacana, da montagem das cenas. na verdade, verdadeira colcha de retalhos. vou descobrir se tenho a manha pra costureiro pois, eu que vou ter que sentar na máquina depois e, com os dedinhos deles, emendar tudo. mas beleza, tá sendo divertido. quinta é um dia foda. saio de casa as 06 da manhã pra voltar a meia-noite. sem intervalo pra almoço. sem descanso. mas tá valendo.

só o dinheiro que ainda tá pouco. apesar de estar trabalhando também aos sábados. isso mesmo, praticamente todos os sábados, daqui pro final do ano, por conta da reposição - gripe suína. mas não adianta trabalho trabalho com o Estado pagando 7,58 a hora/aula. eles deviam ter vergonha. mas é isso que pagam:

R$ 7,58 (sete reais e cinquenta e oito centavos) a hora/aula

São Paulo. O Estado mais rico da Federação Brasilis.

por isso tem que rolar uns biquinhos, umas idéias por fora. amanhã vou estar no CCJ. já já coloco o folder aí. e mês que vem tem palestras na Tenda Literária, Mostra Cultural da Cooperifa, talvez numa facul particular e por aí vai. nem sei se tenho tanta coisa boa/interessante pra falar. mas tão chamando a gente, alguém deve achar que sim.

e no mais, é isso. sem escritas - período de estiagem poética braba - mas muita coisa sendo vivida. revivida. reconstruída. esse é o nome do meu momento rodrigocentrista: reconstrução. estava precisando. a casa, sabe, tava caindo.

aí eu demoli e to levantando outra no lugar.

quando estiver pronta, chamo todo mundo.

r.c.

2 comentários:

Camila Lua Oliveira disse...

Assar uma picanha.
BOtar vinícius, lavadeiras, rabequeiros de fundo.

Unknown disse...

Ô Rodrigo!
E teve uma vez que li num post seu, uma espécie de resposta, estava bem bravo com a escola, com mais uma situação, ê situação. Você sabia que tinha gente que acompanhava seu blog igual novela, daí escreveu mesmo. Achei graça. A resposta pra tragédia cotidiana da sua escola compartilhei, mais uma vez, com os olhos de quem se interessa por educação. Mas foi do comentário da novela que achei graça. A carapuça serviu pra mim, minha novela são os blogs que vejo sempre, pra arejar a cabeça com as idéias escritas. Mas o seu blog é muito diferente do tempo e da novela que determina e vicia. Tem o ritmo da vida real da gente, de quem escreve e de quem lê, que não, não pode ter nada a ver (ufa!) com a novela.
Essa semana, conversando com outra professora achei graça, porque a graça também faz parte da tragédia, de constatar que dou aula três manhãs, mas estou acompanhada dos meus alunos a semana inteira.
Há braços, Bianca.