em recife não descuidei das minhas leituras. vários livros levei, para que não sentisse falta de nada. e consegui. não ler tudo, mas não sentir falta.
estranho, mas estou fazendo a leitura de dois livros. ao mesmo tempo. ou melhor, leio um pouco um, no outro dia leio outro. e o mais esquisito é que é perfeitamente possível fazer isso. principalmente quando os livros se dialogam. e são fuderosos.
um deles é do mestre Paulo Freire. o já conhecido e Pedagogia do Oprimido. o outro é do também mestre Mohandas K. Gandhi, o Mahatma. se chama Autobiografia - Minha Vida e Minhas Experiências com a Verdade.
se você acredita em transformação, não aquela que muda para manter as coisas como estão, mas a verdadeira, a que transforma o ser-humano em alguém-mais, num verdadeiro ser, apaixonante, solidário e amável para os outros, é necessário ler estes livros. para não se sentir incompleto, inseguro. fraco. trago alguns trechos:
"a violência dos opressores, que os faz também desumanizados, não instaura uma outra vocação - a do ser menos. Como distorção do ser mais, o ser menos leva os oprimidos, cedo ou tarde, a lutar contra quem os fez menos. E esta luta, somente tem sentido quando os oprimidos, ao buscarem recuperar a sua humanidade, que é uma forma de criá-la, não se sentem idealistamente opressores, nem se tornam, de fato, opressores dos opressores, mas restauradores da humanidade em ambos." (Paulo Freire - trecho presente na música Zumbi, do Z'África)
"Uma pessoa que acumula bens materiais ou morais, deve-o somente à ajuda dos outros membros da sociedade. Assim sendo, terá ele o direito moral de usar o acumulado primordialmente para seu proveito pessoal? Não, ele não tem esse direito."
E a frase mais fuderosa, cravada na minha mente
"Nós devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo."
então, pare de ler esta porcaria de blog e procure estes livros.
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