segunda-feira, abril 11, 2011

ENTREVISTA - REVISTA ÉPOCA

Car@s,

acabo de ver publicado no sítio da Revista Época a longa entrevista feita comigo, pela jornalista e escritora Eliane Brum, na semana passada. A entrevista fora iniciada antes do Massacre em Realengo, e preferimos dar continuidade aos assuntos que estávamos discutindo, tendo em vista que não teríamos tempo hábil para uma análise mais minuciosa e o nosso foco inicial era tão importante de ser aprofundado quanto este.

A entrevista é longa. Segundo a Eliane, uma das maiores já publicadas na sua coluna. Fico por demais honrado com o espaço, com a possibilidade de falar.

Quem tiver interesse em ler sobre a matéria, basta clicar AQUI pra ser direcionado ao sítio.

Por enquanto é isso. Profundo agradecimento a Eliane Brum pela entrevista. E que eu possa ter colaborado com algo neste campo que tenho tamanho apego mas que anda um tanto quanto machucado, chamado educação.

Salve,

Rodrigo Ciríaco

5 comentários:

Rosineia disse...

Vim parabenizá-lo pelo que disse nessa entrevista. Você foi bem claro. Quem lê, consegue visualizar a realidade que se passa numa escola pública. Trabalhei na zona sul em escolas estaduais e também em municipais nas séries iniciais Ensino Fundamental e confirmo o que você relatou. Estou fazendo uma pesquisa sobre a relação entre a imagem que a família tem da escola e o sucesso na aprendizagem dos alunos, pois além de trabalhar em escolas problemáticas, também trabalhei numa escola que é considerada "boa" e enquanto eu trabalhei lá, a direção cuidava muito da escola, tanto no aspecto físico, quanto no relacional pois queria uma escola bonita e cuidada para alunos e professores.Os pais davam muito apoio à escola, valorizavam. E o rendimento desta escola, E E Ennio Voss, é considerado bom (apesar de não ser o ideal). E a valorização e o reconhecimento por parte do governo? Essa diretora de que falei saiu da rede estadual, mesmo amando aquela escola e sei que ela está fazendo muita falta. Você disse em meu nome e em nome de muitos professores que levam a educação a sério, pois sempre digo isto também: “Violência é ter alunos nas séries avançadas do ensino fundamental e mesmo no médio que são analfabetos funcionais. Isto é um crime." "Se existe um projeto político de educação no Brasil, e ele existe, apenas não é admitido, é o de fazer a escola pública não funcionar". Obrigada por relatar, Rodrigo! E agradeço também à Eliane por ter publicado.

cieso208 disse...

Salve, professor... bela entrevista, espero que o naco do público leitor da revista - classe média- pare para ler a matéria. Sou aluno de Ciências Sociais da PUC Campinas e acompanho sempre o teu blog, é cabuloso.
Sou egresso da Escola pública também, e sei bem o quão embaçado é para os professores lidar com a deseducação implantada pelo ensino formal. Parabéns por ser um abnegado e tocar o seu maravilhoso projeto Sarau dos Mesquiteiros, prova de que a educação não-formal é uma alternativa importantíssima a essa esculhambação da escola pública. Caras como você, o Sérgio Vaz e tantos outros nos fazem acreditar que uma outra realidade se abra, formando cidadãos pensantes ao invés dos robozinhos formatados que são instruídos nas escolas privadas e, por que não, nas públicas, e jogados aos leões do mercado de trabalho para se digladiarem em busca do seu empreguinho - novo conceito de "cidadão bem sucedido".

Abraços e força, guerreiro

Fábio (Campinas-SP)

LuMarja disse...

Quero parabenizá-lo pela sua entrevista à Revista Época! Foi um gesto de coragem! Espero que as pessoas possam ver a escola pública sob uma nova perspectiva!

Marília Teddy disse...

Olá, Rodrigo! Gostei muito da entrevista. Me fez pensar sobre uma série de questões que vivencio e para as quais ainda não vi uma saída. Parabéns!

sil disse...

Rodrigo,

você já é um vencedor. Não sucumbiu aos problemas desse sistema insano. Eu sucumbi. Fui lecionar por paixão e fiquei apaixonada por um bom tempo, até que me vi igual aos colegas, culpando os alunos, as maiores vítimas, de minha incompetência e falta de vocação. A paixão acabou e só ficou a amargura, a depressão, a crise de ansiedade. Só melhorei depois de jogar a toalha. Ainda bem que existem pessoas fortes como você que persistem e continuam lutando. Parabéns!