"Deve-se ao repórter Wálter Nunes uma revelação desconcertante: documentos internos do Metrô de São Paulo revelam que os riscos de desmoronamento da linha 4 (Estação Pinheiros) eram do conhecimento dos responsáveis pela obra. A julgar pelo conteúdo dos papéis, intui-se que o acidente que custou a vida de sete pessoas foi fruto de negligência ou incompetência.
A cratera do metrô abriu-se em 12 de janeiro de 2007, no alvorecer da gestão de José Serra (PSDB). O desmoronamento soterrou um operário. Outras seis pessoas que passavam pela Rua Capri foram engolidas pelo buraco. Um ano antes, em 10 de janeiro de 2006, quando o inquilino do Palácio dos Bandeirantes ainda era Geraldo Alckmin (PSDB), documento oficial do metrô registrara um “aprofundamento na região do da Rua Capri.”
Trata-se de uma ata de reunião entre funcionários do Metrô paulista e do consórcio de empreiteiras que tocam a obra: OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Decidiu-se contratar um “consultor” para detectar a origem do “aprofundamento” da rua (veja trecho do documento abaixo).
Concluiu-se que o afundamento estaria relacionado a problemas na rede de água e esgoto da Rua Capri. A versão foi desmentida pela Sabesp, a Companhia de Águas e Esgoto de São Paulo. Os registros do “aprofundamento” sumiram das atas do Metrô. E a coisa ficou nisso.
Em 26 de maio de 2006, a obra enviou uma nova mensagem aos seus construtores. Nesse dia, uma funcionária do Metrô relata em e-mail reclamações de uma moradora da casa localizada no número 87 da mesma Rua Capri. "A senhora Carmen [de Leoni] reclama que há trincas e rachaduras pela casa toda (...). Esses problemas ocorrem há oito meses e ninguém resolveu até agora", anota o texto (veja abaixo).
Este segundo recado foi ignorado pelo Metrô e pelos construtores. Em 23 de janeiro de 2007, onze dias depois da abertura da cratera do metrô, as casas da região do acidente foram demolidas. Entre elas a de Carmen de Leoni.
A papelada que enrosca o governo de São Paulo e as empreiteiras num enredo de descaso encontra-se agora em poder do Ministério Público e da Assembléia Legislativa paulista, que investigam o caso. Oferecem um fio de meada que, se bem puxado, pode levar à identificação dos culpados que se escondem atrás de um incômodo anonimato."
A cratera do metrô abriu-se em 12 de janeiro de 2007, no alvorecer da gestão de José Serra (PSDB). O desmoronamento soterrou um operário. Outras seis pessoas que passavam pela Rua Capri foram engolidas pelo buraco. Um ano antes, em 10 de janeiro de 2006, quando o inquilino do Palácio dos Bandeirantes ainda era Geraldo Alckmin (PSDB), documento oficial do metrô registrara um “aprofundamento na região do da Rua Capri.”
Trata-se de uma ata de reunião entre funcionários do Metrô paulista e do consórcio de empreiteiras que tocam a obra: OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Decidiu-se contratar um “consultor” para detectar a origem do “aprofundamento” da rua (veja trecho do documento abaixo).
Concluiu-se que o afundamento estaria relacionado a problemas na rede de água e esgoto da Rua Capri. A versão foi desmentida pela Sabesp, a Companhia de Águas e Esgoto de São Paulo. Os registros do “aprofundamento” sumiram das atas do Metrô. E a coisa ficou nisso.
Em 26 de maio de 2006, a obra enviou uma nova mensagem aos seus construtores. Nesse dia, uma funcionária do Metrô relata em e-mail reclamações de uma moradora da casa localizada no número 87 da mesma Rua Capri. "A senhora Carmen [de Leoni] reclama que há trincas e rachaduras pela casa toda (...). Esses problemas ocorrem há oito meses e ninguém resolveu até agora", anota o texto (veja abaixo).
Este segundo recado foi ignorado pelo Metrô e pelos construtores. Em 23 de janeiro de 2007, onze dias depois da abertura da cratera do metrô, as casas da região do acidente foram demolidas. Entre elas a de Carmen de Leoni.
A papelada que enrosca o governo de São Paulo e as empreiteiras num enredo de descaso encontra-se agora em poder do Ministério Público e da Assembléia Legislativa paulista, que investigam o caso. Oferecem um fio de meada que, se bem puxado, pode levar à identificação dos culpados que se escondem atrás de um incômodo anonimato."
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/#2007_02-18_00_35_53-10045644-0
Teremos outras?
SALA DE AULA - Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita, Vila Cisper, Zona Leste de São Paulo. Mais informações, fotos, consulte:
http://efeito-colateral.blogspot.com/2007/02/mobilizao-da-comunidade-escolar.html
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/02/373244.shtml
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