Bruna Lombardi, na pele de Diadorim - adaptação Livro/DVD
vão dizer que eu desmaluquei. não entendo nada. mas não ligo. não deixo de dizer por isso. mas João, pra mim, já fazia literatura periférica. da melhor qualidade. quer lugar mais esquecido que o Sertão? quer um ser mais marginal que um jagunço, um cangaceiro? não tinha. quer uma história mais bem contada do que aquela oralizada na boca de um ex-jagunço, que viveu a tino e conta tudo com muito fino? palavras reinventadas? não há. pois digo. Grande Sertão é marginal. e periférico. e três-tráz-dito. ao menos para mim. e eu não ei de me discordar. nunquinha.
quem não conhece, há de conhecer João, e o seu (De)Sertão. quem conhece, há de se conhecer outras vezes. e eu, mais uma vez chorei por Riobaldo. e seu amor impossível com Diadorim. e chorei com a tristeza e desespero de um Fafafa, na fazendo dos Tucanos, ao ver os cavalos a relinchar e gemer e a chorar. e eu também odiei o Hermógenes, o Cão. e ri com Zé-Bebelo. e admirei Medeiro Vaz. e tirei meu chapéu para Joca Ramiro.
"... o diabo na rua, no meio do redemunho."
hoje sei o que significa. Viver é muito perigoso. e o mundo. o mundo é um só isso: Sertão. E Travessia!
2 comentários:
que bonito !
Caro Rodrigo: concordo em gênero, número e grau.
Forte abraço.
Mei.
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