terça-feira, janeiro 27, 2009

HOMENAGEM


O Bruno é um dos meus alunos/poetas/escritores que conheci pelas andanças na escola, nos saraus e atividades literárias que lá desenvolvo. Menino de ouro, super-aplicado, que lê muito e escreve também - inclusive eu já escrevi e publiquei aqui um conto em sua homenagem. Abaixo o poema que eu recebi, também como homenagem dele.

Obrigado, Bruno. Sem palavras. Ou melhor, com todas elas.


UMA HISTÓRIA NO MESQUITA
No começo eu não pensei em como seria recebido.
No começo eu não pensei em como minha vida ia mudar.
E mudar em muito.
Eu comecei com insegurança.
A inocência de uma criança.
Eu nem pensava em ter tantos amigos.
Mas graças a Deus eu tive poucos inimigos.
Eu não queria ser diferente.
Mas uma pessoa me mostrou que sou mais gente.
Eu conheci grandes poetas e escritores.
Já li romances e humores.
Tento mostrar o melhor de mim.
Mas me dei pouco e ganhei muito.
Já vi muita gente chora e muita gente sorrir.
Já vi gente chegar ao alto e muita gente cair.
Quantas vezes me apaixonei.
Quantas vezes eu já não quis ir já não quis aceitar.
Eu vou contando minha historia.
Recontando a minha gloria.
Eu sou apenas uma criança.
Mas tenho fé e esperança.
Eu não penso em desistir.
O que penso é em conseguir.
Já fiz poemas de igualdade.
Outros de desigualdade.
Não tenho muitos sonhos realizados.
Tao pouco realizamentos sonhados.
Eu pensava em ser alguem.
Mas hoje não quero ser ninguém.
Eu já percebi que não conseguirei ser tudo.
Mas percebi que muito menos serei o nada.
Nunca me apeguei tanto.
Nunca sorri tanto.
Nunca desisti.
Embora quase me fizessem fazer isso.
Me sinto tao forte.
Mas também me senti fraco precisando de ajuda .
Muita gente me acolheu.
Mas também muita gente precisou da minha acolhida.
Eu sofri.
Me dei muito.
Chorei bastante.
Senti falta.
Abracei menos.
Me mostrei muito.
Me fortaleci pouco.
Me ajudei menos ainda.
Não tive coragem de me enfrentar.
Tive medo de mim.
Sofri calado.
Morri desalmado precisei de um abraço.
Mas recusei o que eu recebi.
Me senti solitário.
Me senti muito acompanhado.
Apenas pelo destino.
Me julguei muito.
E muito julguei.
Me faltou palavras.
Me faltou pontapés.
Não tive respeito.
Não mereci respeito.
Me perguntei porque?
Mesmo sabendo que nem pra isso eu tinha resposta.
Não percebi o que eu estava causando.
Mas sofri muito com o que me causaram.
As vezes pensei que não valeu a pena.
Mas outras eu percebi faz parte da minha vida.
Não posso ficar só.
Com tanta companhia.
Preciso de alguem.
Pra me falar.
Pra me mostrar.
Pra me realizar.
Preciso de você.
E só uma coisa eu digo.
Você é eterno.
Eu faço parte de você.
Do mesmo jeito que você faz parte de mim.

Um comentário:

igualdade disse...

ola, professor.

Então percebi que colocou meu poema ai néh no sseu blog. rsrsrsrs

nao tem problema nao ta até me ajudando a divulgar a minha capacidade de ser e o meu trabalho viu. parabens. ta olha essse é um dos meus melhores poemas.

pois parece que quando a gente se espelha em alguem saem palavras que eu nem sabia que existia.

sua ajuda me vale muito viu