segunda-feira, março 11, 2013

PRIMEIRO SARAU DOS MESQUITEIROS - FEVEREIRO - 2013

"Eu acredito é na rapaziada, que segue em frente e segura o rojão, como é que não?"

CORTEJO convidando a COMUNIDADE - Sarau Dos Mesquiteiros

Sábado, 23 de fevereiro, aconteceu o nosso primeiro Sarau dos #MESQUITEIROS do ano. E foi bonito: muitas crianças presentes, mesa de pintura lotada; cortejo pela quebrada, as pessoas cantando, juntas "pra onde eu vou? vou pro sarau!" e por aí vai. RENAN INQUÉRITO lançando seu livro, #PoucasPalavras, mandando o recado e, a poesia em alto e bom tom e lirismo. Que mais? Alegria, militância e a ESCOLA PÚBLICA vibrando, em plena noite de sábado na periferia de São Paulo.

Agradecimento a todos que chegaram, fortaleceram. Dia 30 de março a gente volta, tem mais! 

MESQUITEIROS 
Um por Todos, Todos por Um

























































quinta-feira, fevereiro 28, 2013

CONCRETIS(SI)MO


- Junto. Junto. Em frente. Em frente. Larga. Amigo. Amigo. Em frente. Em frente. Entra. Entra. Isso... Senta. Senta. Senta. Fica. Fica. Não. Não! Atenção. Ei: Atenção! Aqui. Aqui. Isso, aqu... você: senta! Senta!

- O que isso, amor? Treinando comandos de adestramento?

- Não, preparando minha aula para a escola mesmo.


quinta-feira, fevereiro 14, 2013

E AÍ, BÓRA COLOCAR ESSA MOLECADA PRA FAZER ARTE?

De quebra, ainda participam da turma de #TEATRO, fazem exercícios #LITERÁRIOS, organizam o #SARAU dos Mesquiteiros, assistem aos #ENCONTROS Literários e podem participar com textos próprios da publicação de um livro. Tá bom pra tu?


INSCRIÇÕES ABERTAS

MESQUITEIROS - 2013

Você é tímido? Tem muita vergonha de se expor? Gostaria de se expressar melhor? Falar melhor? Escrever melhor? Ter mais facilidade para fazer amigos? Conversar melhor com as pessoas? Fazer alguma coisa para melhorar sua comunidade, seu bairro? Você gostaria de traduzir de uma forma artística tudo o que sente? Então, chega aí com a gente? Vamos aprender juntos!

TURMA DE TEATRO
CURSO GRATUITO
IDADE MÍNIMA: 12 ANOS
VAGAS LIMITADAS

AULAS AOS SÁBADOS, DAS 14HS ÀS 16HS.
NA EE JORNALISTA FRANCISCO MESQUITA
RUA VENCESLAU GUIMARÃES, 581 - JD. VERÔNIA

Interessados, enviar email para mesquiteiros@hotmail.com
 com nome completo, data de nascimento 
e telefone celular até 23 de FEVEREIRO.

Início das atividades: sábado, 02 de março



segunda-feira, fevereiro 04, 2013

VOLTA AS AULAS E FRIO NA BARRIGA

Desde sexta-feira, dia 01, que retomei minhas atividades educativas.

Estou trabalhando em duas escolas: uma estadual e outra municipal. Uma em Ermelino Matarazzo e outra em São Miguel Paulista.

Este ano, tem algumas novidades: depois de 06 anos, volto a dar aulas para o Ensino Médio. Duas turmas do 1o ano, e um 3o ano. E não para por aí: na prefeitura, estou assumindo o Laboratório de Informática Educativa, ou seja: vou ser o professor da Sala de Informática, dando aulas para alunos de 06 a 15 anos.

E daí que vem uma coisa bem curiosa: depois de 12 anos, desde a primeira vez que entrei numa sala de aula, estou sentindo um frio na barriga. Isso mesmo: um frio na barriga, um gelado. E dos grandes.

Pra mim, dois são os motivos que envolvem isso: o primeiro, é que vou trabalhar diretamente com uma molecada que trabalhei muito pouco antes. A criançada do Ciclo I, dos 06 aos 10 anos. Não que eu não saiba o que vá fazer, não que eu não acredite - de verdade - que vá fazer um bom trabalho com essa molecada. Não tenho medo, tenho confiança de que vou estudar e buscar o melhor. Mas é que é uma baita responsa: educar essa criançada a flor da idade.

E o outro motivo é que, depois que virei pai, a responsa parece que aumentou. Eu sempre pensei que eu dava aula para eles como se fosse dando aula para meu filho, minha filha. Dando o meu melhor, me preparando adequadamente. E depois que eu fui pai, eu descobri que não tinha nada a ver o que eu pensava. E tinha tudo a ver, ao mesmo tempo.

Nada a ver pois o sentimento de ser pai, o sentimento de se ver nos olhos, no rosto de uma criança que tem uma ligação umbilical com você é quase indescritível. É uma relação de amor sem tamanho e, como minha mãe vive dizendo, e só agora dei razão, é algo que "só quando você vive é que você entende". E por mais que eu fosse totalmente atencioso, tivesse um carinho todo especial com essas crianças, a questão ser pai e, ser professor são bem distintas. E ainda bem.

E ao mesmo tempo, continua igual pois, o que eu desejo para a minha filha, em relação a futuro, professores, estudo, educação é o mesmo que desejo para essa molecada. Nem mais, nem menos. E, para mim, isso é muito bonito.

Com todos os trabalhos que faço, em que me enfio, a educação ainda é, para mim, o grande desafio. E por mais que eu me dedique a ser escritor, ativista cultural, correria na quebrada, o que quero apenas é ser um bom educador. Cada vez melhor. E desempenhar com dignidade e exemplo esta profissão.

Parece pouco. Mas, não é. Por isso, que ainda sinto frios. Continua sendo difícil se jogar neste espaço educativo. Cercado de imensa certezas. Para alguns. Para mim, dúvidas. E disposição para muito aprender.

domingo, fevereiro 03, 2013

#VOLTAMOS - SARAU DOS MESQUITEIROS - SÁBADO, 23 DE FEVEREIRO - A PARTIR DAS 17HS



‎#VOLTAMOS!

SARAU DOS MESQUITEIROS
Sábado, 23 de fevereiro, das 17hs as 20hs

*Exibição do documentário: "Zeca: o Poeta da Casa Verde", de Akins Kinte;

*Lançamento do livro #POUCAS PALAVRAS, de Renan Inquérito

*Apresentação dos trabalhos: MESQUITEIROS em 2013

e mesa de Pintura pra molecada, banca de livros pra leitura, comes e bebes (sem álcool) na faixa e muito mais. E o melhor: tudo isso dentro da #ESCOLA!

Chega aí e fortalece com a gente:

Sábado, 23 de fevereiro, a partir das 17hs
EE Jornalista Francisco Mesquita
Rua Venceslau Guimarães, 581 - Jd. Verônia
Erm. Matarazzo

Informações, COMO CHEGAR, acesse:
www.mesquiteiros.blogspot.com 



*Exibição do documentário: "Zeca: o Poeta da Casa Verde", de Akins Kinte;


*Lançamento do livro #POUCAS PALAVRAS, de Renan Inquérito

sábado, janeiro 26, 2013

#10 ANOS! Militância cultural, social



Não digo que parece ontem porque, não parece. O corpo cansado, as olheiras visíveis, mais dúvidas do que certezas – e achei que quando estivesse aqui seria o contrário – mostram que o tempo passou. Está passando. Mas também não faz taaaaanto tempo assim. Faz uma cara.

Exatos 10 (dez) anos, que comecei a minha militância cultural, social. Nos anos de 2003. Cursando o 04 ano do curso de História, na USP. Os questionamentos já vem de antes, da adolescência. De ouvir de Racionais à Legião Urbana. Das caminhadas como Office-boy, do observar a minha inquietação. Das greves, dos protestos juvenis. De um incômodo.

Em 2003, consegui expressar um pouco esse por quê. Tinha que fazer um trabalho de História Oral. Conhecer algum grupo, realizar uma entrevista, uma pesquisa. Redigir o trabalho. Tirar minha nota e, tudo ok. Assim eu cheguei na Ocas” (http://www.ocas.org.br/), para conhecer um pouco melhor o projeto, suas atividades. Entrevistar um dos vendedores. Fui agraciado com uma entrevista maravilhosa com o Seu Augusto. Quem esteve na Ocas” no seu início, vai se lembrar muito bem dele. De sua determinação. Seu lirismo e poesia. Seu Augusto era figuraça.

Pois bem, fiz a entrevista, fiz o trabalho, tirei 10 e ficou um questionamento: e aí? O que posso devolver pra eles? O que darei em troca? Não sabia. Questionei isso, inclusive, com uma orientadora do trabalho, que simplesmente respondeu: “infelizmente, é assim. Não tem troca. O que você pode fazer é repassar o trabalho, mas é isso”.

Isso? Isso eu achei pouco. Daí comecei a ser voluntário/militante no projeto.

Foram 03 anos de trampo, que envolveu desde limpar o chão, fazer comida, atender vendedores; ir nos albergues divulgar o trampo, fazer mutirão de divulgação da revista, participações em passeatas pelos direitos das pessoas em situação de rua; reuniões, oficinas de escrita, viagens, brigas e muito, muito aprendizado.

Foi com a Ocas" que visitei, o V Fórum Social Mundial. Iniciei o contato com a galera do Fórum Centro Vivo, espaço que luta por um centro da cidade mais democrático, e que conta com a participação de movimentos de moradia, ambulantes, população em situação de rua, adultos e crianças.

Aliás, foi assim que conheci em 2005 a Fundação Travessia, instituição que trabalha com crianças e adolescentes em situação de rua e que atuei, por 09 meses, como educador social, trabalhando com a molecada no centrão de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, Sé, Amaral Gurgel, República e por aí vai.

Saí em 2006, quando me efetivei no Estado, trabalhando em uma escola. Meu sonho, aquilo pelo qual eu me preparei desde que entrei na faculdade. E achei justo sair pois tinha consciência de que, a escola, exigia a minha militância, a minha dedicação exclusiva. E foi assim que comecei minha vida na educação. E foi assim que começou meu trabalho de difusão da literatura na escola. O “Literatura (é) Possível”.

Este ano, já são 07 anos deste trampo na escola. Em abril, 04 anos que conto com o apoio dos Mesquiteiros. Já realizamos saraus, encontros literários, lançamento de livros, peças de teatro, entre outros. Hoje em dia, já temos uma pequena estrutura, boa. Não suficiente para garantir a sustentabilidade do grupo, mas a gente corre atrás. Muito melhor do que os tempos em que tirava grana do meu bolso pra investir no projeto. E foram três anos fazendo isso. E, pra quem ganhava salário de professor, era muito embaçado.

Bem, não sei se estou ficando velho, mas já são 10 anos. Militância cultural, social e também literária. Já lancei 02 livros de autoria própria. Já organizei uma coletânea. Já participei de mais de uma dezena de outros, como convidado. Já fui tese de faculdade, mestrado, TCC. Já tive textos traduzidos para o espanhol, alemão, francês e, a partir de março, para o italiano. Acho que isso deve ter algum valor.

Como disse, as dúvidas continuam muitas. O trabalho, ainda mais difícil. Contam-se o desgaste – que existe –, a família, que cresceu, os trabalhos, que aumentaram – não necessariamente com aumento de ganhos – e os amigos: muitos, ficaram pelo caminho. Ou porque desistiram, ou porque foram para outras veredas. Ou porque tretamos mesmo, faz parte.

Mas muitos outros chegaram, somaram. Pessoas valiosas, valorosas, que me fazem acreditar. Assim como novas experiências. Dez anos de caminhada não é pouco, mas é quase nada. Apenas dez por cento do que eu gostaria de fazer ainda. Chegar aos 100.

Espero que eu resista. Ôpa. E espero também que não esqueça, nunca, porque escolhi seguir por aqui.

Rodrigo Ciríaco