domingo, março 27, 2011

FOI BONITO A FESTA PÁ, FIQUEI CONTENTE...

SARAU DOS MESQUITEIROS - MARÇO

Carla, Mundo em Foco. Ao fundo, Vander CHE

Jéssica Queiroz, Mesquiteiros

Alex, Juan e Ruan: presente!

Igor e Rodrigo Ciríaco

molecadinha no Sarau: presente!

Lucas Lopes: presente!

Débora Pereria, Mesquiteiros

Negro Dhill

Perê, que veio do Jabaquara pra ZL

Amanda Djoy

Larissa de Jesus: presente!

Vitor Dantas, Mesquiteiros

Camila de Jesus, Cooperifa

Bruno Veloso, Periferia Invisível

Andrio Candido, Marginaliaria

parte do público

outra visão do público, pegando agora a Mesa de Pintura

Rodrigo, Mundo em Foco

Vander CHE


Salve, rápa. Aconteceu ontem mais um Sarau dos Mesquiteiros, na EE Jorn. Fco. Mesquita.

O Sarau de ontem foi especial demais. Um dos mais bonitos que já fizemos. Tivemos presença em massa da comunidade, a molecada da quebrada também chegou (algumas vezes a mesa de pintura parecia um formigueiro). A decoração ficou muito bacana, por conta da homenagem ao Mês da Mulher (que são todos, mas especial em março) e ao Dia Nacional do Graffiti, com exibição de um curta feito pela galera do Mundo em Foco, com a participação do companheiro Vander Che.

Acha pouco?

Teve ainda a banca do Marginaliaria na área. Periferia Invisível na área. Perê, educador que veio do Jabaquara na área. Camila de Jesus, parceira da Cooperifa que veio do Campo Limpo. A amiga, fotógrafa e parceira de trabalho Mônica Cardim, que veio da Casa Verde. E os professores Valmir e Maria Helena da escola. E os Mesquiteir@s, é claro.

Mais de 100 pessoas passaram pelo Sarau, que contou ainda com sorteio de livros no final (Sob o Azul do Céu, do Marco Teles; Caturra, do parceiro Fuzzil, Te Pego Lá Fora, de minha autoria) e alguns zines. Além de apresentação de danças dos PopBoys que sempre colam, banca de livros a popa, livros pendurados no teto, e muita, muita poesia. UFA!

Só quem esteve lá talvez consiga compartilhar a energia que tava na parada ontem, a coisa bonita que foi, com uma noite bem calorosa, não apenas na temperatura alta. Com a molecada correndo pra lá e pra cá, curtindo, brincando, recitando. Dá hora, dá hora: pra mim, foi muito lindo.

Muito bom estar vendo essa resistência na quebrada ser cada vez mais fortalecida. Porque humilhados, já somos. Esquecidos, sempre fomos. Tudo foi feito pra dar errado, pra nada dar certo. E ainda assim, insistimos, persistimos. E mais, mostramos que não apenas a Literatura (é) Possível.Acima de tudo, todos nós somos também.

E pra quem duvida, só chegar pra ver.

Sem palavras, a quem fortalece, a quem soma no sonho de uma periferia mais unida, justa, solidária. Sem palavras. Ou talvez algumas: obrigado, obrigado, obrigado.

Gratidão imensa em especial a todos @s Mesquiteir@s que, mais uma vez, seguraram uma atividade cultural na quebrada. Não é pouca coisa. Não é fácil. Obrigado.

Por enquanto é isso. Dia 30 de Abril tem mais. Sarau em homenagem ao REdescobrimento do Brasil. Pra contestar a invasão de 511 anos. E ao Dia Mundial do Livro.

Quem quiser chegar, seja bem-vindo.

Abraço forte a quem prossegue na luta,

Rodrigo Ciríaco


SOBRE O SARAU dos MESQUITEIROS

O Sarau dos Mesquiteiros é o primeiro - e único - sarau que acontece regularmente dentro de uma escola pública na periferia de São Paulo. Realizado periodicamente todo último sábado de cada mês, há quase um ano foi aberto a comunidade do Jd. Verônia (Ermelino Matarazzzo - Zona Leste) e é uma extensão do projeto Literatura (é) Possível, coordenado pelo educador e escritor Rodrigo Ciríaco e que há cinco anos é desenvolvido na Escola Estadual Jornalista Francisco Mesquita.

Dentre as atividades organizadas pelo projeto além do Sarau, estão os Encontros Literários, Oficinas Lítero-Teatrais, apresentação de esquetes e espetáculos elaboradas a partir de adaptações de contos e poemas de autores periféricos, além de palestras, exposições e a produção de fanzines.

Os Mesquiteiros é o nome do coletivo responsável pelo desenvolvimento de todas estas atividades. Formado por jovens e adolescentes residentes no bairro, demonstra na prática, nas palavras e na teoria a articulação política e ativismo cultural existente na quebrada, que vai além da simples contestação e do reclamar, mas apresenta ações concretas de transformação, mostrando que nós somos possíveis.

Re-existência. Política, cultural e social. Hoje e sempre!

Os Mesquiteiros - Literatura (é) Possível
www.mesquiteiros.blogspot.com

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