ou melhor, o saco. sim. resolvi chutar o pau do barraco. resolver algumas pendengas ainda - e há muito indefinidas - e viver. assim simplesmente viver, mais do que sobreviver. tanto que, de saco tão cheio, não fui trabalhar na quinta-feira. e não fui hoje. meus alunos merecem algo mais do que mais um professor chato, mal-humorado e de mal com a vida. mas eu vou amanhã. com toda a energia. renovado. pois como eu disse, eu chutei o pau do barraco. e resolvi mergulhar no mar que há em mim. ou melhor, no rio revolto que há dentro de mim. e fora. e vim parar aqui, na cidade maravilhosa. para ver uma pessoa especial. e que me ajuda a ficar bem. e para encontrar outros amigos, ir a bares, encher a cara, jogar conversa fora e ir a praia. e ir a bons restaurantes. e comer bem. e ver que essa cidade sim, tem violência, tem enchentes, tem pobrezas. mas tem alegria também. assim como na minha periferia. porque senão, a vida fica muito vazia. e de que vale a revolta, a revolução se não tem a festa no final no salão. se não tem ninguém te esperando, com uma taça na mão. ainda que seja de vinho. ou uma caipirinha. estou cansado da minha vidinha. então, vou para o vidão. não, não quero apenas gozolândia e alienação. quero mais e mais apenas do que alguma depressão. eu quero seguir bem. firme e forte, como sempre diz alguém. e se tiver que mudar, e se esta for alguma da solução, que seja então. a vida em si só já é foda, difícil e sofrida. não quero maltratá-la mais ainda. eu não. tudo isto para dizer que prossigo. firme e fortão. e para quem não gostar, paciência então. porque a minha se renovou. e vou caminhar com os meus sonhos, levando mais e mais sabor. não desisti. resisti. e persisto. insisto. uma hora eu consigo. ainda não sei o que. mas o que vale mais é a caminhada. não o caminho.
"vivendo e aprendendo a jogar. vivendo, e aprendendo a jogar. nem sempre ganhando, nem sempre perdendo mas, aprendendo a jogar."
r.c.
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