cortaram. cortaram
meus sonhos em pedaços.
e de tão picados que ficaram
resolveram fazer um ensopado.
pegaram água suja, pedra e sal
misturaram, ferveram e deram pra eu comer/beber
eu engoli tudo.
água suja e sal expeli pela urina
a pedra
ficou entalada na garganta.
homens vieram na claridade cegante da luz
e arrancaram rosas e girassóis do meu jardim.
eu chorei. das mãos que tentei salvar flores
ficou apenas sangue e lágrimas. das rosas, apenas espinhos
chorei. maldizi o mundo, fiquei de luto
por levarem assim - tão fácil - minha esperança
mas ela é criança, boba. não cresce e não se cansa
e toda manhã enquanto me puxa do sofá, geme e dança ela diz:
se levaram tuas flores, planta agora moinhos de vento.
anda, planta. planta agora moinhos de vento, menino!
Eu queria ter um pé de moínhos de furacões
ResponderExcluirRodrigo, você não me conhece. Eu só te conheço por aqui, mas gosto muito das coisas que você escreve. E acompanho seu blog quase como uma novela... ha,ha,ha
ResponderExcluirHá braços! Bianca
Tu é tão bonito!
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